Do G1
O presidente Michel Temer concluiu, hoje, sua última
participação na Cúpula dos presidentes do Mercosul e defendeu uma aliança
latino-americana de nações.
Temer encerra o mandato em duas semanas. No dia 1º de
janeiro, Jair Bolsonaro, presidente eleito, toma posse e assume o governo.
Bolsonaro e membros de sua futura equipe já disseram que o Mercosul não será
prioridade.
“Porque eu sempre digo que na nossa Constituição nós
temos uma regra, portanto obrigatória, de que toda política pública brasileira
deve levar em conta uma aliança latino-americana de nações”, afirmou Temer em
discurso na manhã desta terça, no Uruguai.
O futuro ministro da Economia do governo Bolsonaro, Paulo
Guedes, afirmou, logo depois do resultado das eleições deste ano, que o bloco
formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai "não será
prioridade" para o governo Bolsonaro.
O economista afirmou ainda que o Mercosul é "muito
restritivo" e que o Brasil ficou "prisioneiro de alianças
ideológicas". Ele também disse que o bloco só negociava com quem tinha
"inclinações bolivarianas", mas que isto não ocorreria mais a partir
da presidência de Bolsonaro.