O presidente Michel Temer sancionou nesta segunda-feira
(26) o reajuste para ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Com isso, o
ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux revogou o auxílio-moradia
para juízes, integrantes do Ministério Público, Defensorias Públicas e
tribunais de contas.
O reajuste para ministros do STF, de R$ 33 mil para R$ 39
mil, foi
aprovado no Senado no dia 7 de novembro. Temer tinha até esta semana para
sancionar ou vetar.
Embora o Supremo tenha recursos no próprio orçamento para
pagar o reajuste, o aumento causou preocupação no governo federal e naequipe
do próximo presidente, Jair Bolsonaro, que temiam o impacto nas contas
públicas.
Isso porque o reajuste de ministros do STF gera um
"efeito cascata" nas carreiras do funcionalismo, já que dispara um
aumento automático para a magistratura e para integrantes do Ministério
Público. O salário de ministro do Supremo funciona como teto para o serviço
público.
O fim do auxílio-moradia foi uma alternativa negociada
entre o Palácio do Planalto e o STF para reduzir o impacto do reajuste.
Fux
já havia dito em entrevista à TV Globo, no começo de novembro, que os
juízes não receberiam cumulativamente o reajuste nos salários e o
auxílio-moradia. Segundo ele, quando o aumento fosse confirmado, o benefício do
auxílio-moradia – nos moldes como é concedido atualmente – seria revogado.
O auxílio-moradia atualmente pago a juízes de todo o país
é de R$ 4,3 mil.
Segundo Fux, o fim do pagamento do auxílio só ocorrerá
quando o reajuste salarial previsto para os ministros do STF chegar
efetivamente à folha salarial.
Valores
Segundo estimativa feita por consultorias da Câmara e do
Senado Federal, o reajuste para ministros do Supremo terá
um impacto de R$ 1,375 bilhão nas contas da União no ano que vem (R$ 4
bilhões incluindo estados e municípios).
De acordo com estimativa da comissão de Orçamento, no
Congresso, o gasto da União com auxílio-moradia para juízes e integrantes do
Ministério Público é de R$ 450 milhões por ano.
Fonte: G1