Servidores do Ministério do Trabalho fizeram nesta
quinta-feira (8) um abraço simbólico ao redor do edifício principal na
Esplanada dos Ministérios. Foi uma reação coletiva ao anúncio do presidente
eleito, Jair Bolsonaro, de extinguir a pasta e desmembrá-la em pelo menos três
áreas – Educação, Economia e uma terceira a ser definida.
O setor de Recursos Humanos do Ministério do Trabalho informou que cerca de 600
funcionários participaram do abraço coletivo no esforço de mostrar para a
sociedade a relevância da pasta. A manifestação durou pouco mais de meia hora,
mas houve tempo o suficiente para ocupar algumas pistas do Eixo Monumental, via
localizada na área central de Brasília, e provocar lentidão no trânsito. Em
seguida, as pistas foram liberadas.
O auditor fiscal do trabalho Antônio Alves Mendonça Júnior, funcionário do
Ministério do Trabalho, ressaltou que a pasta tem funções específicas e que
extingui-la pode levar a um desequilíbrio nas atividades desempenhadas hoje.
“O ministério é a casa da fiscalização do trabalho, instrumento pelo qual se
combate o trabalho infantil e se garante a saúde e a segurança do trabalhador.
O órgão é essencial para equilibrar essa balança, que é desequilibrada por
natureza. O Ministério do Trabalho é fundamental para garantir os direitos dos
trabalhadores”.
A servidora Maria Aparecida Fernandes Araújo também fez questão de participar
do ato. “O Ministério não tem que ser extinto, mas, sim, crescer com o país”,
disse a funcionária pública, que há 24 anos está no Ministério do Trabalho. No
ministério há 40 anos, a servidora Maria das Graças de Sousa disse que
testemunhou “o desenvolvimento econômico e social do país”.
Fonte: Diário de Pernambuco