A segunda partida da final da Libertadores, entre River
Plate e Boca Juniors, será disputada no domingo, às 18h (de Brasília). A
Conmebol anunciou o adiamento do jogo, que seria realizado neste sábado, depois
que o
ônibus do Boca foi atacado por torcedores do River na chegada ao
estádio Monumental de Núñez.
O anúncio, no entanto, se deu após horas de indefinição.
O duelo estava inicialmente marcado para 18h (de Brasília). Com a confusão, a
Conmebol atrasou o início em uma hora (seria às 19h, portanto); e depois, em mais
1h15 (às 20h15). A confirmação do adiamento foi anunciado somente por volta de
20h30.
A postura do Boca Juniors desde o início do tumulto foi
de insistir no discurso de que a partida não poderia acontecer neste sábado.
Pablo Pérez e Lamardo, jogadores do Boca, se machucaram com estilhaços da
janela do ônibus e precisaram ser atendidos no hospital. Ambos voltaram ao
estádio com um curativo no olho.
Médico do Boca Juniors, Dr. Jorge Pablo Batista
compartilhou imagens do atendimento a Pérez e Lamardo. Ficou diagnosticado que
o primeiro sofreu uma úlcera no olho esquerdo.
Além disso, de acordo com a imprensa argentina, seis
jogadores do time xeneise vomitaram no vestiário em decorrência do gás de
pimenta utilizado pela polícia na tentativa de conter a confusão. Carlitos
Tevez, momentos antes da notícia do adiamento do jogo, relatou
o drama aos jornalistas presentes.
- Entendo que exista muita pressão em todos os
presidentes neste momento, mas acredito que eles precisam fazer o seu trabalho.
Eles viram bem, está tudo filmado. Eu vomitei, minha garganta ardia, agora
estou com dor de cabeça. Temos três companheiros que não estão bem fisicamente,
não podemos acreditar no que está acontecendo - disse ele
Uma série de reuniões aconteceu nos corredores do
Monumental nos momentos de indefinição entre representantes da Conmebol, dos
clubes e da Fifa - dentre eles, Gianni Infantino, presidente da entidade maior
do futebol mundial. Segundo relatos da "Tyc Sports", Infantino
teria dito em determinado momento:
- Quero um responsável por isso, mas a partida tem que
ser jogada.
Presidente da Conmebol, Alejandro Dominguez falou com a
imprensa ainda no estádio e definiu a decisão do adiamento como um "pacto
de cavalheiros" entre os clubes. Ele confirmou que as três partes (Boca
Juniors, River Plate e Conmebol) assinaram um documento oficializando a mudança
da data da partida.
O presidente do Boca, por sua vez, livrou o River de
qualquer culpa pelo acontecido.
- O compromisso que nós, presidentes, assumimos é que a
partida seja jogada amanhã. Isso escapa da responsabilidade do River, poderia
ter acontecido a 200 metros do nosso campo - disse Daniel Angelici.
Essa seria a segunda partida da final da Libertadores. Na
primeira, realizada no dia 4 de novembro, na Bombonera, Boca
Juniors e River Plate empataram em 2 a 2.
Fonte: GE