O futebol sul-americano vai ter que esperar ainda mais
para saber quando, onde e sob que condições será disputada a final da Copa
Libertadores de 2018, entre Boca Juniors e River Plate. A expectativa era que
tudo fosse resolvido nesta terça-feira em Assunção, no Paraguai, mas a
definição foi adiada e só deverá ser divulgada na quinta.
O jogo decisivo deveria ter sido disputado no último
sábado, em Buenos Aires, mas os ataques
de torcedores do River ao ônibus dos jogadores do Boca levou
a partida a ser suspensa. Como tem sido regra nesta edição da Libertadores,
as decisões saíram do campo e foram parar nos gabinetes da Conmebol.
Uma reunião entre os presidentes dos clubes – Rodolfo
D'Onofrio, do River, e Daniel Angelici, do Boca – deveria ter selado nova data
e local para o jogo. Mas a única decisão tomada foi que a partida não será
realizada na Argentina. Ainda falta decidir onde, quando (8 ou 9 de dezembro) e
sob que condições.
E, antes de decidir tudo isso, falta esperar que o
Tribunal Disciplinar julgue dois recursos. Um foi apresentado pelo Boca,
que pede os pontos do jogo de volta e quer ser declarado campeão sem
jogar. Outro, apresentado pela própria Conmebol, quer punições ao
River – mas desde que as punições não impeçam a realização de um segundo
jogo.
Nesta terça-feira o Boca apresentou novos documentos
sobre as agressões sofridas por seus jogadores no sábado. A análise dessas
imagens e a resposta do River Plate vão exigir mais tempo do Tribunal. A
Conmebol prefere esperar que essas decisões sejam tomadas antes de anunciar
data e local da final. Por isso, nada será divulgado nesta terça-feira.
- A Unidade Disciplinar notificou o River Plate, e eles
receberam 24 horas para sua resposta. Da mesma forma, a resposta River Plate
será enviada ao Boca Juniors para que possa responder dentro de 24 horas - diz
a nota da Conmebol, citando a notificação apresentada às 11h desta terça ao
River.
Doha, no Catar, é a cidade favorita para abrigar a final
da Libertadores. O país do Oriente Médio, que já patrocina a Libertadores,
Conmebol e até o Boca Juniors, se dispõe a pagar todos os custos de
transferência da partida para lá, além de oferecer premiação para os dois
clubes e cobrir os custos com o ressarcimento aos torcedores do River que
compararam ingresso para o jogo que não aconteceu em Buenos Aires.
Apesar da oferta tentadora do ponto de vista financeiro,
a escolha da sede ainda não está definida. Ao longo desta terça-feira, Miami e
Assunção também foram consideradas, e outras cidades se ofereceram para receber
a final da Libertadores. As ofertas que surgiram do Brasil (como Mineirão,
Maracanã e Arena Pernambuco) não contam com o aval nem da CBF e nem da
Conmebol.
Fonte: GE