Declaração de que Ministério do Trabalho deixaria de
existir foi feita no último dia 7
O presidente eleito, Jair Bolsonaro, disse que manterá
Trabalho com status de ministério. "O Ministério do Trabalho vai continuar
com status de ministério, não vai ser secretaria. Vai ser Ministério 'Disso,
Disso e do Trabalho', como [cita como exemplo] Ministério da Indústria e
Comércio", disse nesta terça-feira (13).
Esta foi a segunda demonstração de recuo do presidente
eleito sobre o futuro de pastas. Mais cedo, Jair Bolsonaro, disse que o Ensino
Superior deve ficar subordinado ao Ministério da Educação, como é hoje. Os
planos iniciais eram de transferir a gestão do ensino superior para a pasta de
Ciência e Tecnologia, que será comandada pelo astronauta Marcos Pontes.
Na semana passada, o presidente eleito afirmou o fim da
pasta. "O Ministério do Trabalho vai ser incorporado a algum
ministério", disse, sem dar mais detalhes. A declaração foi dada após
almoço no Superior Tribunal de Justiça (STJ) com o presidente da corte, João
Otávio de Noronha.
Ainda nesta terça, presidente eleito também recuou quanto
a decisão de transferir gestão de universidades públicas para o Ministério da
Ciência e Tecnologia. "A princípio vai ser mantido no ministério da
educação mesmo", disse Bolsonaro ao chegar para uma visita no Tribunal
Superior do Trabalho (TST).
"Eu não sei como vai ser, está tudo com Onyx
Lorenzoni [ministro extraordinário da transição] e mais algumas pessoas que
trabalham nessa área, e temos tempo para definir”, disse o presidente eleito.
“A princípio é o enxugamento do ministério, ninguém está menosprezando o
Ministério do Trabalho, está apenas sendo absorvido por outra pasta."
Bolsonaro negou que o Ministério do Trabalho será
agregado à Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) no futuro Ministério
da Economia. “Indústria e comércio está lá no superministério do Paulo Guedes,
botar mais o Trabalho lá acho que fica muito pesado."
O presidente eleito deixou o STF e seguiu de helicóptero
até o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, onde está a equipe
de transição para o novo governo. De acordo com assessores, ele ficou apenas
alguns minutos no local e foi para o apartamento funcional na Asa Norte.Fonte: Folha PE