Poucos minutos depois da confirmação da
reeleição do governador Paulo Câmara (PSB) no primeiro turno, o candidato do
PTB ao governo do estado, Armando Monteiro, chegou ao comitê central da
campanha. Ao lado dos companheiros de chapa, os candidatos a vice Fred Ferreira
(PSC) e ao Senado Mendonça Filho (DEM) e Bruno Araújo (PSDB), o senador foi
recebido aos gritos de “guerreiro” por um grupo de militantes que resistiu
mesmo após a confirmação da derrota dos representantes majoritários da coligação
Pernambuco Vai Mudar.
Em um rápido discurso, Armando destacou
que o resultado mostrou, baseado na pequena vantagem de votos que deu a vitória
ao palanque socialista, que uma expressiva parcela da sociedade pernambucana se
colocou contrária ao atual governo. “Isso significa, volto a dizer, que
Pernambuco não é propriedade de grupos nem de famílias. Pernambuco sempre foi a
expressão da pluralidade”, frisou o petebista, acrescentando que a derrota não
vai tirá-lo da política.
“Não vou deixar de fazer política. Não
vou deixar de fazer oposição em Pernambuco. Saio dessa luta com a convicção
maior ainda de que esse grupo que está no poder precisa ser fiscalizado por uma
oposição altiva e independente para que Pernambuco não venha a ser tutelado por
interesses subalternos que nem sempre correspondem aos interesses do povo”,
frisou.
O petebista disse, ainda, que espera
que o resultado sirva “para mostrar ao governo que eles precisam corrigir
rumos, mudar certas posturas arrogantes que vêm marcando o domínio desse grupo
e eles possam extrair uma lição disso tudo”. Sobre a estratégia dos adversários
de ter rotulado a coligação petebista de “turma do Temer”, Armando descartou
que tenha contribuído para sua derrota. “O que mais pesou na eleição foi a divulgação
de fakes news, de baixarias e das mentiras repetidas à exaustão”,
definiu.
Ao ser questionado sobre a eleição
nacional, Armando Monteiro afirmou que não teve tempo de processar o resultado.
“Segundo turno é sempre bom porque amplia o debate e aprofunda a discussão de
uma série de temas. Vamos ter mais tempo para discutir mais o futuro do país”.
O petebista, no entanto, não quis antecipar quem apoiaria no segundo
turno.
Já Bruno fez questão se posicionar em
relação à disputa nacional. “Vou votar em Bolsonaro. Não vou apenas votar, mas
fazer campanha. Essa semana vou reunir o partido para discutir o assunto”,
disse o tucano. Mendonça Filho vai defender que o partido também apoie a mesma
candidatura.
Diario de Pernambuco