O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro,
disse no fim da tarde desta quinta-feira (18) que não vai a debates marcados
para o segundo turno das eleições. A informação foi reforçada pelo presidente
do PSL, Gustavo Bebianno.
Os dois deram entrevistas após o candidato passar por uma
reavaliação médica, para ver como está a recuperação após a facada que levou
durante ato de campanha em Juiz de Fora, em 6 de setembro. Pela manhã, os
médicos Antonio Luiz Macedo e Leandro Echenique, ouvidos pela TV Globo,
disseram em mensagem que o comparecimento
de Bolsonaro a debates dependia dele. Ou seja, do ponto de vista clínico, o
candidato estaria liberado.
“Segundo fui informado tenho restrições, eu poderia me
submeter a uma aventura, de participar de um debate, de duas ou três horas, mas
poderia ter uma consequência péssima para minha saúde. Então, levando-se em
conta a restrição, levando-se em conta a minha saúde e a gravidade do que
ocorreu, a tendência minha é não participar do debate”, disse Bolsonaro à TV
Globo, antes de confirmar que a decisão dele e de familiares é a de que ele não
participe.
Bebianno reforçou a ausência de Bolsonaro nos debates com
o candidato do PT, Fernando Haddad.
"Essa situação da colostomia é muito complicada e
impede que ele seja submetido a estresse. Ele não tem obrigação de comparecer.
Não vai comparecer”, afirmou o presidente do PSL.
De acordo com Bebianno, a intenção é também não fazer
campanha na rua.
"Ele continua com a colostomia do lado direito do
seu abdômen. Quando é feita do seu lado esquerdo, o paciente tem um controle do
seu fluxo digestivo, ao passo que do lado direito, não. Como não há esse
controle aquela bolsinha pode se encher rapidamente, pode haver um acidente.
Pode estourar, como já aconteceu, então, apesar da melhora que ele vem tendo o
seu estado é de desconforto", explicou.
Fonte: G1