Um dia após o senador eleito pelo Ceará Cid Gomes (PDT)
cobrar o PT "pelas besteiras que fez" e dizer que o partido
"criou Bolsonaro e vai perder a eleição", o candidato petista à
Presidência, Fernando Haddad, tentou minimizar o episódio. O ex-prefeito disse
que não comentaria "essa coisa meio acalorada" e que a amizade com o
irmão de Ciro Gomes continua a mesma. Ele afirmou esperar uma declaração
explícita de apoio de Cid até o dia 28.
Em meio à dificuldade de atrair novas adesões à
candidatura no segundo turno contra Jair Bolsonaro (PSL), o senador eleito pela
Bahia Jaques Wagner, responsável pelas articulações políticas da campanha,
agora fala que não existe a intenção de criar uma "frente
democrática" em torno de Haddad.
Paralelamente, o partido, que vê o adversário com 18
pontos de vantagem no Ibope, discute mudanças no programa de governo. Há até
quem defenda que, diante da composição do novo Congresso, deveria ser adotada
apenas uma plataforma mínima de propostas com itens básicos, como a defesa da
democracia e a responsabilidade fiscal. O objetivo seria atrair outros
partidos, mesmo de posição ideológica diferente.
Haddad convocou lideranças petistas, como Wagner, a
presidente da legenda, Gleisi Hoffmann, e o ex-presidente Rui Falcão, para uma
reunião na manhã desta terça-feira em um hotel de São Paulo. Em ato pró-Haddad
na noite de segunda-feira no Ceará, Cid Gomes cobrou um pedido de desculpas do
PT pelas "besteiras que fizeram" e disse que que o partido
"criou" Bolsonaro.
Fonte: Blog do Magno