O coordenador de economia da campanha de Bolsonaro, Paulo
Guedes, apontado como futuro ministro da Economia, confirmou a junção das
pastas
Os ministérios da Agricultura e Meio Ambiente serão
fundidos no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), assim como as
pastas da Fazenda, do Planejamento e da Indústria e Comércio - formando este
último o superministério da Economia. A decisão foi anunciada nesta terça-feira
(30), após reunião na casa do empresário Paulo Marinho, no Rio de Janeiro.
O coordenador de economia da campanha de Bolsonaro, Paulo
Guedes, apontado como futuro ministro da Economia, confirmou a criação do
superministério, enquanto o deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), indicado
para Casa Civil, reiterou sobre a fusão do Meio Ambiente com a Agricultura.
Guedes e Onyx conversaram com os jornalistas após
reunião, onde trataram sobre a formatação do governo e o início dos trabalhos
da transição. Amanhã (31) Onyx deverá ir a Brasília para se reunir com o
ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, que coordena a equipe de transição
do governo Temer.
Redução de ministérios
Onyx afirmou que o objetivo é reduzir de 29 ministério
para 15 ou 16. Guedes acrescentou que a junção das pastas é importante para dar
agilidade às decisões.
“Nós vamos salvar a indústria brasileira. Está havendo
uma desindustrialização há mais de 30 anos. Nós vamos salvar a indústria
brasileira, apesar dos industriais brasileiros”, disse Guedes.
Guedes disse que o governo pretende simplificar e reduzir
drasticamente o número de impostos. “Será uma abertura gradual. E a razão do
Ministério da Indústria e Comércio estar próximo da Economia é para justamente
existir uma mesma orientação econômica em tudo isso. Não adianta a turma da
Receita ir baixando os impostos devagar e a turma do Ministério da Indústria e
Comércio abrir muito rápido. Isso tudo tem que ser sincronizado, com uma
orientação única."
Previdência
Ambos confirmaram também que o próprio presidente eleito
que vai conduzir a discussão sobre a reforma da Previdência. “A reforma da
Previdência, quem comanda essa decisão é o presidente. O professor Paulo Guedes
e toda equipe estão conversando com o presidente, que vai nos sinalizar”, disse
Onyx.
Ontem (29) Bolsonaro, em entrevistas a emissoras de
televisão, afirmou que pretende vir a Brasília na próxima semana quando se
reunirá com o presidente Michel Temer e também pretende agilizar o debate sobre
a reforma da Previdência.
Para Guedes, quanto mais rápido o processo avançar,
melhor. “Do ponto de vista econômico, quanto mais rápido melhor. Nós estamos
atrasados, essa reforma podia ter sido feita lá atrás. Agora, existe um cálculo
político”, observou.
Em seguida, o futuro ministro da Economia acrescentou:
“Acho que, na parte econômica, nós devemos avançar o mais rápido possível. O
nosso Onyx, corretamente, não quer que uma vitória nas urnas se transforme em
uma confusão no Congresso”. Fonte: Diário de Pernambuco