O Ibope divulgou novo
levantamento sobre a eleição presidencial. Ele se deu logo após as
manifestações contrárias e favoráveis a Jair Bolsonaro realizadas no final de
semana. Muitos apostaram que com a quantidade de pessoas e de lugares
espalhados por todo o Brasil, a situação de Jair Bolsonaro iria ficar difícil,
sobretudo por conta da devassa na sua vida e aos ataques que vem recebendo de
seus adversários diariamente no guia eleitoral.
Porém, o que se viu no
levantamento de um dos maiores institutos do país foi totalmente o inverso.
Bolsonaro cresceu quatro pontos em relação ao levantamento anterior e teve sua rejeição
estabilizada. Seu principal adversário, Fernando Haddad, ficou estabilizado na
pesquisa, com os mesmos 21% do levantamento anterior, porém viu sua rejeição
saltar onze pontos e chegar a 38%. Nas simulações de segundo turno Bolsonaro e
Haddad ficaram com a mesma pontuação, ambos possuem 42%, o que mostra que a
tese de que o candidato do PSL seria facilmente derrotado na segunda etapa está
longe de se apegar na realidade.
É possível que as pesquisas
seguintes até a próxima sexta-feira possam ajustar-se à realidade,
evidenciando, assim como o Ibope, a significativa vantagem que Jair Bolsonaro
tem sobre seus adversários, pois é isso que tem sido visto nas ruas por onde
ele passa bem como nas redes sociais, onde ele é o cerne da eleição, que tem
girado em torno da sua candidatura.
Independentemente do
resultado no próximo domingo, se uma vitória no primeiro turno, ou uma ida ao
segundo turno como líder na primeira etapa, Jair Bolsonaro é o grande vitorioso
desta eleição, pois enfrentou ataques agressivos de seus adversários, uma facada
que quase tirou sua vida, foi perseguido pela mídia e pela classe artística e
com apenas oito segundos de guia eleitoral conquistou milhares de eleitores
espalhados por todo o Brasil.
O fenômeno Bolsonaro é fruto
de quem acreditou no seu potencial e foi a luta mesmo dispondo de poucos
recursos para enfrentar máquinas de moer reputações e conseguiu conquistar
mentes e corações de brasileiros que acreditaram no seu projeto e compraram a
sua ideia. Mesmo quem não concorda com alguns posicionamentos do candidato, é
indiscutível que ele é o grande vitorioso desta eleição ainda que não consiga
ser eleito presidente da República.
Esconde-esconde – Mendonça
Filho, candidato ao Senado, produziu e enviou para a casa de 15 mil pessoas
(tiragem informada) uma revista com nada mais nada menos que 78 páginas. A
publicação ressalta toda a atuação dele a frente do Ministério da Educação. O
curioso é que Michel Temer, quem o convidou para o cargo, não aparece em
nenhuma das mais de 70 fotos que constam na revista. Mais; o nome de Michel
Temer só consta uma única vez, especificamente na pagina 75. Será vergonha do
antigo chefe ou medo que a rejeição de Temer se transfira pra ele.
Guerra no STF – A entrevista
do ex-presidente Lula para o jornal Folha de São Paulo deflagrou uma guerra de
decisões nunca vista no Supremo Tribunal Federal (STF). Após o ministro Ricardo
Lewandowski autorizar a entrevista em processo de reclamação protocolado pelo
jornal, a decisão foi suspensa pelo ministro Luiz Fux, no exercício da
Presidência do STF, nesta sexta-feira (28). Nesta segunda-feira (1),
Lewandowski reiterou sua decisão, dizendo expressamente que a decisão de Fux
era para ser descumprida. Aberto o conflito de decisões, o ministro da
Segurança, Raul Jungmann, responsável pela Polícia Federal, consultou o
presidente do STF, ministro Dias Toffoli, sobre que decisão cumprir. O
presidente da Corte, em nova decisão, disse que a decisão de Lewandowski devia
ser desconsiderada e que era para a Polícia Federal cumprir a decisão de Fux. A
próxima sessão plenária do STF promete ser tensa. Em matéria no jornal O Globo,
Lewandowski disse que ia protestar em plenário por ter sido desautorizado por
colegas de STF.
Derrota – A respeito das
três derrotas majoritárias sofridas por Mendonça Filho, a disputa pelo governo
de Pernambuco em 2006, e as tentativas pela prefeitura do Recife em 2008 e
2012, seus adversários de Belo Jardim lembram que ele já havia sofrido uma
derrota que pouca gente sabe. Já no mandato de deputado estadual conquistado em
1986, Mendonça Filho foi candidato a vice-prefeito de Julio Alves em 1988 que
foi derrotado por Cintra Galvão em Belo Jardim. Então são quatro e não três
derrotas de Mendonça em disputas majoritárias.
Diminuindo – Eleitos em 2014
com expressivas votações no Recife, Felipe Carreras e Daniel Coelho deverão ser
reeleitos no próximo dia 7, porém, eles estão sendo nomes que cairão sua
votação na capital pernambucana de forma abrupta em relação ao pleito passado.
Felipe teve 100 mil votos, enquanto Daniel atingiu mais de 60 mil votos. Eles
dividirão o espaço com André Ferreira, Marília Arraes e João Campos que deverão
atingir boas votações no Recife.
RÁPIDAS
Apostas – Nas apostas
políticas, Eduardo da Fonte será novamente o deputado federal mais votado com
300 mil votos, seguido de André Ferreira (280 mil), Pastor Eurico (260 mil),
Marília Arraes (220 mil), Sebastião Oliveira (200 mil) e João Campos (180 mil).
Benefício – Com as
expressivas votações que João Campos e Marília Arraes deverão obter no próximo
domingo, há quem aposte que Antonio Campos poderá ser beneficiado pelo voto
casado com o sobrinho e a prima, que disputam mandato na Câmara dos Deputados.
Depois de atingir 90 mil votos para prefeito de Olinda, Antonio Campos tem a
sua segunda experiência na política como candidato a uma vaga na Assembleia
Legislativa de Pernambuco.
Fonte: Edmar Lira