O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou
que representantes do crime organizado têm que ser impedidos de se eleger nas
eleições de 2018 e que a Polícia Federal está monitorando candidatos ligados a
facções criminosas no Rio.
Segundo dados da Coalizão Eleitoral, com a presença de
vários órgãos para monitorar as eleições do Rio, 1,7 milhão de pessoas vivem em
áreas sob domínio do crime, seja tráfico ou milícia, nas zonas eleitorais. Para
Jungmann, é “inadmissível” que o crime tenha representação parlamentar.
“Estamos concluindo um centro de cooperação e
inteligência eleitoral, no âmbito da Polícia Federal, para exatamente monitorar
quem são esses candidatos e, ao mesmo, evitar que eles cheguem ao mandato. E se
chegarem, cassá-los e puni-los. “, afirmou Jungmann, durante passagem de
comando do navio porta helicópteros Atlântico para o comando de Operações
Navais, no Centro do Rio.
O ministro também comentou os resultados da intervenção.
Para ele, a situação melhorou, mas ainda precisa ser continuada.
“O Rio é mais ou menos o caso de um paciente com 41 graus
de febre. Baixou de 41 para 39, 38. Sem sombra de dúvida reduziu, mas a febre
ainda é muito alta. É preciso voltar à normalidade, é isso exige que se sigam
as diretrizes e o trabalho que a intervenção está fazendo no Rio de Janeiro”,
disse ele, acrescentando que acha “muito difícil” que a intervenção na
segurança do Rio continue após 31 de dezembro de 2018, sua data limite.
Fonte: Blog do Magno