O novo candidato do PT à Presidência, Fernando
Haddad, apresentou um programa de governo ao Tribunal Superior Eleitoral
(TSE) no qual promete criar o "programa Dívida Zero" para
consumidores que estão com o nome sujo no SPC/Serasa.
A proposta não existia nesses termos no programa de
governo apresentado quando Lula era o candidato do partido e guarda semelhança
com a "Nome Limpo", uma das principais promessas de Ciro Gomes, do
PDT, que também disputa a Presidência.
Haddad assumiu
a cabeça de chapa do PT na terça-feira (11), após o TSE ter rejeitado
o registro
da candidatura de Lula.
Em sua página no site do tribunal, o novo presidenciável
apresenta um plano de governo com algumas mudanças em relação ao do
ex-presidente.
"Criação de linhas de crédito com juros e prazo
acessíveis, que busquem atender as famílias que hoje se encontram no cadastro
negativo"
Na versão de Haddad, a proposta vira um programa,
batizado de "Dívida Zero" e mais detalhado:
"Criação do programa Dívida Zero, que prevê a
instituição de linha de crédito em banco público com juros e prazo acessíveis,
para atender às pessoas que hoje se encontram no cadastro negativo do SPC e
SERASA'
O programa de Haddad traz ainda outras diferenças com
relação ao de Lula. Uma proposta nova é o Programa Brasil 100% Online, cujo
conceito e estruturação aparecem apenas no plano de Haddad.
Entre as promessas está "conectar mais de 2 mil
municípios à rede fibra ótica", "garantir que o Satélite
Geoestacionário brasileiro seja usado para conexão de rádio IP em municípios de
pequeno porte, áreas rurais e distritos isolados" e "exigir das
empresas que forneçam conexão de alta velocidade a 3.600 municípios que hoje só
contam com 3G".
A proposta de aumentar o acesso à internet já existia no
plano de Lula, mas era apresentada de forma mais restrita: "O governo Lula
investirá fortemente para garantir a universalização da banda larga barata e
acessível para todos e todas, com a universalização do serviço de acesso à
Internet fixa e diminuição do preço da Internet no celular."
Sobre recursos naturais, o plano de Haddad acrescenta
algumas áreas de investimento que não estavam no programa de Lula, como
"ampliar o programa de construção de cisternas" e "recuperando
nascentes, despoluindo rios e ampliando as obras de saneamento para afastar o
fantasma do racionamento de água".
Segundo o TSE, os partidos podem solicitar alteração do
programa de governo apresentado à Corte.
Fonte: G1