A arrecadação virtual para a
campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva superou os R$ 500 mil, mas
o dinheiro não poderá ser usado por Fernando Haddad, candidato a vice, caso o
ex-prefeito venha a ser alçado à cabeça da chapa.
Condenado na Lava Jato a 12
anos e 1 mês por corrupção e lavagem de dinheiro, Lula está preso desde abril
em Curitiba. Mesmo assim, o PT pretende registrar sua candidatura no Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) até quarta-feira, último dia do prazo, com Haddad de
vice. Como o petista deve ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa, o ex-prefeito
pode assumir a chapa.
Segundo o TSE, as “vaquinhas
virtuais” só poderão ser usadas pelo próprio candidato. Se o PT registrar outra
candidatura que não a de Lula até quarta, terá de devolver o dinheiro aos
doadores, como rege resolução da Corte. É o que ocorreria também com a vaquinha
virtual feita por Manuela d’Ávila (PCdoB), considerada “plano B” para ser vice
na chapa petista.
Já se a candidatura de Lula
for registrada e barrada posteriormente, o dinheiro que não for gasto até a
data da decisão pelo indeferimento será remetido ao partido ao fim da campanha.
“Se a campanha for encerrada e houver sobras, elas têm de ser destinadas ao
partido político”, afirmou o ex-ministro do TSE Henrique Neves. Procurado, o PT disse que
trabalha de acordo com a lei e não comenta hipóteses.
Fonte: Diário de Pernambuco / AE