A pré-candidata da Rede à
Presidência da República, Marina Silva, disse, hoje, que uma visão dogmática
favorável ao mercado na Petrobrás gerou prejuízos à sociedade e à estatal. Um
dos momentos que mais chamou a atenção da plateia de empresários a sua fala,
foi quando a ex-ministra voltou a criticar a reforma trabalhista e reiterou que
pretende alterar o que classifica como aspectos "draconianos" da nova
regra.
"A reforma trabalhista
carece de mudanças e de revisão para de fato significar modernização",
disse a pré-candidata da Rede, ao participar do evento Diálogo da Indústria com
Candidatos à Presidência da República, promovido pela Confederação Nacional da
Indústria (CNI).
"Ainda é cedo. Não acho
que deve ser revogada, mas revisitada para rever injustiças. Não tenho a visão
de que tudo que foi feito deve ser revisado nem sacralizado”.
A plateia pediu que ela
detalhasse o que pretendia mudar, ao que ela citou: a autorização para mulheres
grávidas, com aval médico, trabalharem em locais insalubres, alterações que
dificultaram acesso à Justiça por pessoas de baixa renda e horários reduzidos
na jornada de trabalho e almoço.
Marina ponderou que entendeu
ser necessária uma alteração na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), mas
disse que a reforma tramitou de forma "atabalhoada" no Congresso e
gerou "insegurança jurídica".
A pré-candidata citou como
positiva as mudanças no número de processos trabalhistas, que após a reforma
caíram, mas argumentou que não houve impulsionamento nas contratações: "A
reforma tinha como sinalizador aumentar empregos, o que ainda não se efetivou".
Petrobrás – Ao comentar a
greve dos caminhoneiros, que provocou uma queda na atividade industrial de
10,9% e foi deflagrada pela alta no preço dos combustíveis, a presidenciável
apontou erro da antiga direção da empresa ao repassar a alta no dólar diariamente
ao consumidor.
"A visão dogmática
pró-mercado deu grandes prejuízos para a Petrobrás e para o cidadão",
disse Marina. Fonte: Blog do Magno Martins