Temos que manter a calma, a
confiança e a concentração.
Foi assim que Didier
Deschamps abriu sua última entrevista antes de tentar entrar para a história
como terceiro homem a conquistar a Copa do Mundo como jogador e técnico – o
brasileiro Zagallo e o alemão Franz Beckenbauer são os únicos a terem essa
honra.
Campeão em 1998, quando
levantou a taça com a faixa de capitão no braço, Deschamps, neste domingo,
comandará a França na final diante da Croácia. Na véspera do jogaço, ele
explicou como a equipe deverá se portar para conquistar o bicampeonato mundial.
– Não há nada mais bonito
nem mais forte do que estar em uma final de Copa do Mundo. Trabalhamos da
melhor maneira possível para termos uma boa partida. Não há euforia aqui, mas
estamos num nível de satisfação muito grande.
A possibilidade de fazer
história pessoal no torneio também fez com que Deschamps fosse questionado
sobre as diferenças de disputar uma final dentro de campo ou no banco, no
comando do time. E aproveitou para retribuir elogios do capitão Lloris e
enaltecer seus jogadores.
– São muitas diferenças. Eu
precisaria de mais tempo para explicar tudo. As partidas pertencem aos
jogadores, o meu sucesso está ligado ao sucesso deles. Quando você joga, gasta
energia na parte física, mas o treinador tem a parte mental, psicológica. É um
tipo de competição diferente para nós.
Por fim, Deschamps discordou
de uma pergunta sobre Luka Modric, principal jogador da Croácia. O jornalista
apontou que ele não teria muita mobilidade. O técnico rebateu.
– Lamento discordar, ele tem
muita mobilidade. Ele vai para o meio, sai do meio, tem técnica muito boa. É
inteligente, está jogando muito bem. É claro que ele tem muita influência no
desempenho de sua equipe. Você tem de ver o trabalho dele, ele sabe marcar,
passar, dar assistências – elogiou.
França e Croácia disputarão
o título da Copa do Mundo neste domingo, no estádio Lujniki, em Moscou. A bola
rola às 12h (de Brasília).