Em um dia apagado de
Cristiano Ronaldo, a seleção de Portugal saiu na frente contra o Irã, dominou o
jogo, mas cedeu o empate por 1 a 1 no final e esteve perto de levar a virada
nos acréscimos, nesta segunda-feira, em Saransk. Apesar do tropeço, que contou
até com pênalti perdido pelo astro do Real Madrid, o time português avançou às
oitavas de final, quando enfrentará o Uruguai.
A equipe de Portugal, que
chegou a liderar a chave no decorrer da rodada desta segunda, terminou em
segundo lugar do grupo, com os mesmos cinco pontos da Espanha. Os espanhóis
levaram vantagem por terem mais gols marcados. Com 4 pontos, o Irã foi eliminado,
assim como já estava o Marrocos, com apenas um ponto.
O suado empate português,
que por pouco não virou derrota, foi marcado pelo belo gol de Quaresma, de
trivela, ainda no primeiro tempo. No segundo, os portugueses caíram de
rendimento, na mesma proporção da "ausência" de Cristiano Ronaldo em
campo.
No fim, o Irã cresceu.
Empatou com um gol de pênalti confirmado pelo árbitro de vídeo. Nos instantes
finais, Mehdi Taremi quase anotou o gol da virada, dando um susto na defesa
portuguesa.
Cristiano Ronaldo e
companhia vão voltar a campo no sábado, no dia 30 de junho, às 15 horas
(horário de Brasília), no Fisht Stadium, em Sochi. A Espanha vai enfrentar o a
anfitriã Rússia, segundo colocado do Grupo A, no dia 1º de julho, às 11 horas
(de Brasília) no Estádio Luzhniki, em Moscou.
O JOGO - Incomodado com o
baixo rendimento de João Moutinho, Bernardo Silva e Gonçalo Guedes nos
primeiros jogos, o técnico português Fernando Santos sacou o trio e deu chance
a André Silva, Adrien Silva e Quaresma nesta segunda-feira. Os novos titulares
não chegaram a resolver as limitações do meio-campo de Portugal. Mas ao menos
deixaram a equipe em vantagem no primeiro tempo.
Quaresma, em lance
individual, deixou Portugal em vantagem ao marcar belo gol, de trivela, aos 44
minutos de jogo. Com lance, que é quase uma marca pessoal, o meia-atacante
resolveu com um chute só dois problemas da sua equipe contra o Irã.
Até o gol, os portugueses
eram previsíveis na partida. Rodavam a bola no campo de ataque em busca de um
vacilo da defesa iraniana que deixasse Cristiano Ronaldo em boa condição de
balançar as redes. O atacante jogava ainda mais isolado em comparação aos dois
jogos anteriores.
A previsibilidade se devia à
falta de armação no meio-campo, o que escancarava ainda mais a dependência do
astro do Real Madrid, que era muito visado pela marcação. Assim, o time
português terminou o primeiro tempo com 71% de posse de bola, mas somente duas
boas chances de gol - a primeira foi com João Mário, aos 8 minutos, ao
desperdiçar rebote do goleiro Beiranvand.
O Irã, por sua vez, precisou
de 20 minutos para demarcar as fragilidades do rival no ataque e ganhar
confiança para também atacar. Mas as investidas pontuais não chegaram a dar
maiores sustos no goleiro Rui Patrício.
A desvantagem no placar,
porém, obrigou o time de Carlos Queiroz a sair para o ataque no início do segundo
tempo. O Irã começou a etapa final adiantando a marcação, sem maior sucesso.
Com limitações técnicas, o ataque iraniano não assustava a defesa portuguesa.
Para piorar a vida do Irã, o
juiz anotou pênalti duvidoso sobre Cristiano Ronaldo, mesmo com o auxílio do
árbitro de vídeo (VAR, na sigla em inglês). Menos mal para os iranianos que o
craque bateu mal e o goleiro Beiranvand saltou no canto esquerdo para fazer a
defesa, aos 5 minutos.
A marcação da penalidade e
outras faltas a favor de Portugal começou a irritar o time iraniano, que passou
a cometer mais erros, tropeçando no próprio nervosismo. Ao mesmo tempo, os
portugueses não conseguiram aproveitar o momento favorável para
"matar" o jogo.
Em partida muito aquém do
esperado, Cristiano Ronaldo ainda correu risco de expulsão aos 37 ao fazer
falta desnecessária no meio-campo. O árbitro chegou a consultar o VAR, com
possibilidade de usar o cartão vermelho, mas assinalou somente o amarelo, para
alívio da torcida portuguesa.
Quando a partida parecia
decidida, o Irã ressuscitou com uma ajuda do então criticado VAR. O árbitro
confirmou pênalti, convertido por Ansarifard aos 47 minutos. E, na base da
pressão, os iranianos quase anotaram o segundo gol, já aos 49, com Taremi.
Quase na pequena área, ele encheu o pé e mandou nas redes, pelo lado de fora,
acabando com qualquer chance de classificação do Irã. Fonte:GE