Após a reunião reservada com
o presidente Michel Temer na manhã deste domingo (27/05), ministros do gabinete de
crise estão na expectativa do fechamento de um novo acordo com os
caminhoneiros.
Antes do encontro com o
presidente, os ministros do grupo se reuniram para fazer uma avaliação dos
desdobramentos da greve.
Cogitou-se, então, de o
ministro Carlos Marun (Secretaria de Governo) voltar para São Paulo, onde
esteve na noite de sábado, para fechar o novo acordo com os caminhoneiros.
Mas, na reunião com o
presidente, decidiu-se que o ministro irá somente depois de fechado o acordo.
"Não poderia ficar sem comunicação durante três horas hoje enquanto
estivesse voando", disse Marun ao justificar a permanência em Brasília.
A percepção no governo é que
se abriu uma interlocução importante entre o governador Márcio França (PSB) e
líderes dos caminhoneiros.
Como resultado da reunião em
São Paulo na noite de sábado, Marun levou para Brasília as propostas de um novo
acerto com os caminhoneiros, entre as quais:
garantia de que o desconto
de 10% no valor do diesel chegue na bomba
ampliação do prazo de
vigência do desconto no preço do combustível de 30 para 60 dias
suspensão do pedágio em todo
país para eixo elevado dos caminhões, medida já acertada pelo governo de São
Paulo com os caminhoneiros.
Essas propostas estão agora
sob análise da equipe econômica do governo. Neste domingo, o ministro da
Fazenda, Eduardo Guardia, e o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid,
estiveram no Palácio do Planalto discutindo o assunto.
Ao blog, o governador Márcio
França demonstrou otimismo. Questionado sobre as chances de um novo acordo,
disse que é "de 99,99%".
Na última quinta-feira, o
governo fechou um acordo com representantes de entidades do setor de transporte
de carga, que acabou não sendo cumprido, e depois identificou ter escolhido os
interlocutores errados.
Fonte:G1