O presidente Michel Temer se
reuniu, ontem, no Palácio do Jaburu, com os ministros do núcleo duro do
governo, Eliseu Padilha (MDB-RS) e Moreira Franco (MDB-RJ), após declaração do
comandante do Exército, Villas Boas, no Twitter, em "repúdio à impunidade".
A ordem no Planalto, até
esta terça, era manter o silêncio oficialmente a respeito das declarações do
general. Houve reações nas redes sociais. A secretaria de comunicação da
Presidência disse ao blog da Andréia Sadi que o Planalto não vai comentar a
declaração de Villas Boas.
Nos bastidores,
interlocutores do governo avaliam que a frase de Villas Boas foi infeliz,
principalmente porque ocorreu na véspera do julgamento do habeas corpus do
ex-presidente Lula no STF.
Um pouco antes da declaração
de Villas Boas, Temer recebeu no Planalto o filósofo Denis Rosenfield – cotado
para o Ministério da Defesa e ligado ao comandante do Exército.
Temer tem boa relação com
Villas Boas. Na última quarta-feira, fora da agenda oficial, o presidente foi à
casa do general em Brasília à noite para um encontro reservado.
Procurado pelo blog, o
ministro Carlos Marun (MDB-MS) disse, sobre a declaração de Villas Boas:
"O General Vilas Boas é um democrata. Demonstrou preocupação e pregou o
respeito à Constituição. Em resumo, nada a comentar".
Fonte: Blog do Magno Martins