A equipe médica do Hospital da Restauração (HR), na área
central do Recife, afirmou que o potiguar
Pablo Diego Inácio de Melo, atacado por um tubarão no domingo (15),
apresentou estabilidade no quadro de saúde, mas ainda corre o risco de morrer.
Segundo a mãe, a aposentada Darlene Inácio de Melo, ela ainda não pode ver o
filho, pelo risco de uma piora no estado de saúde.
"Ele está mais estável do que ontem, mas ainda é um
paciente muito grave em virtude das lesões apresentadas pelo trauma. Ele corre
o risco de morte, mas está tendo todos os cuidados necessário e possíveis. A
primeira etapa é o controle do sangramento e, depois, lidamos com a possível
infecção", detalha o diretor geral do HR, Miguel Arcanjo.
Pablo Diego teve a perna
direita amputada e passou por um processo de revascularização nos dois
braços no domingo (15), logo após o ataque. De acordo com o diretor geral do
HR, a principal preocupação da equipe médica é estabilizar o paciente, antes
mesmo de conter possíveis infecções.
“Ele perdeu muito sangue e chegou a ter uma parada cardíaca.
Foi operado pela traumatologia e cirurgia vascular, e teve que ter a perna
amputada a nível de joelho. O paciente está em estado grave e respirando com a
ajuda de máscara, mas não está entubado. Estamos monitorando minuciosamente,
para controlar quaisquer problemas que possam ocorrer nos procedimentos que já
foram realizados”, disse o médico.
Ainda segundo a equipe médica do HR, o homem chegou a
chamar pela mãe, que do Rio Grande do Norte ao Recife para acompanhar o filho
após o ataque. Pablo tem cinco filhos e chegou em janeiro a Pernambuco, para
trabalhar num projeto.
"Ele sempre gostou muito de praia e de
mergulhar", conta a mãe
“A última vez que nos falamos foi cinco dias antes do
acidente. Ele sempre gostou muito de praia e de mergulhar. Quando veio para cá,
ele me disse que a praia de Jaboatão era muito perigosa, que tinha placas
explicando os riscos e tudo. Eu pedi que ele tivesse cuidado. Não sei o que
levou ele a ir à praia, mesmo sabendo do risco”, disse Darlene.
Presidente do Comitê Estadual de Monitoramento de
Incidentes com Tubarões (Cemit), o capitão Leodilson Bastos informou que a
perna amputada pode ajudar a definir qual a espécie do tubarão que atacou Pablo
Diego.
"Sabemos que nosso litoral tem espécies potencialmente
agressivas, mas, com as informações que temos, ainda não conseguimos definir
qual foi a espécie do animal. Submetemos as partes lesionadas a análise dos
médicos do Instituto de Medicina Legal, acompanhados de pesquisadores da URFPE,
e, com base nos dados, conseguiremos identificar, aproximadamente, de qual
espécie se trata", disse Leodilson.
Mais cedo, um amigo de Pablo
Diego também havia afirmado que o potiguar conhecia os riscos de nadar
no local onde ocorreu o incidente.
Fonte: G1 Caruaru