Além
dos doces, outros itens típicos da época tiveram elevada diferença nos preços,
segundo o Procon-PE. É o caso do peixe, que varia até 234,12%
Quem
ainda não comprou produtos tradicionalmente consumidos na Páscoa - como peixes,
crustáceos e chocolates - deve ficar atento e pesquisar os preços. Levantamento
do Procon-PE mostra variação elevada nos itens da Semana Santa e o campeão foi
o leite de coco, da ordem de 328,57%. Nos pescados, o índice variou 234,12%,
dependendo da localidade. E as desejadas guloseimas de chocolate apresentaram
diferença de preços de até 104,09%.
Entre
os produtos que mais apresentaram variação estão o ovo Diamante Negro
tradicional de 202 g, vendido com diferença de preço de 104,09%, tendo o seu
menor preço por R$ 26,90 e o maior por R$ 54,90. Já a caixa de bombons da
Garoto, apresenta uma variação de 98,71%, sendo encontrada por valores de R$
6,99 a R$ 13,89. Segundo a pesquisa, o consumidor paga ainda mais caro quando o
item inclui algum brinde. Foram encontrados ovos que chegam a custar até R$
332,67.
Entre
os chocolates que apresentaram menor variação no preço está o ovo “Avengers” da
Garoto. O produto conta com um brinquedo como brinde e seu preço difere apenas
2,89%. Já o ovo “Homem Aranha” da Lacta, conta com uma diferença de 7,16%.
Nos
pescados, a maior diferença de preço foi encontrada no quilo da posta de
Dourado, custando de R$ 19,90 a R$ 64,49, uma diferença de 234,12% no quilo.
Outro peixe que apresentou alta variação foi a agulha branca, encontrada em
estabelecimentos por R$ 25 o quilo, enquanto em outro custa R$ 7,99, uma
diferença de 212,89%. Já nos crustáceos, o polvo e a carne de siri foram os que
apresentaram a maior diferença, de 182,26% e 171,34%, respectivamente.
Do
total de produtos pesquisados, o órgão selecionou uma lista com 30 deles que
apresentaram menor preço e realizou uma comparação com os valores de menor
preço este ano com os valores do ano anterior. O destaque na redução de preço
ficou com o filé de tilápia, que ano passado custava R$ 25 e este ano é
encontrado por R$ 15, uma redução de 40%.
Entre
os produtos que ficaram mais caros está o azeite. O item que mais subiu passou
de R$ 4,99, em 2017, para R$ 8,49 agora, na embalagem de 200 ml, representando
um aumento de 70,14%.
Mercados
Nos
mercados públicos, a circulação de pessoas que deixaram para última hora a
compra dos produtos para o almoço de Páscoa não está agradando aos
comerciantes. Os vendedores estão apreensivos com as vendas para o período,
pois, no ano passado, nesta mesma época, a procura estava bastante aquecida e
ajudou a incrementar os negócios.
Segundo
o comerciante Valdecir Florêncio, o movimento não decolou como no ano passado.
Ele atribui o desempenho ao fato de a Semana Santa ocorrer no fim do mês, pois
muitos dos consumidores ainda não receberam seus salários. “Os preços subiram
muito pouco, mas o movimento está fraco. Ano passado foi melhor. Tinha mais
gente procurando e comprando. Nessa época já tínhamos vendido 10 caixas. A data
interfere bastante, pois o período é ruim para o consumidor por ser no final do
mês. É ruim para eles e para nós”, destaca. Fonte: FolhaPE