Na temporada 2018 do
espetáculo, o ator fluminense interpreta o sumo sacerdote Anás.
Com 50 anos de carreira, o
experiente ator fluminense, Tonico Pereira, estreou na Paixão de Cristo de Nova
Jerusalém na temporada 2018 no papel do sumo sacerdote Anás.
Tonico conversou com o G1 e
falou um pouco sobre como se prepara para dar vida aos personagens dele, e, com
muito bom humor, ainda falou dos futuros projetos.
Você começou a sua carreira
em 1968, ano em que a Paixão de Cristo estreou no interior de Pernambuco. Como
é estar aqui pela primeira vez após 50 anos de carreira?
Para mim, é uma consagração.
Primeiro, porque aqui é um berço cultural muito forte para mim, já que a minha
influência pernambucana é muito grande. A cultura pernambucana é muito forte, e
me guiou durante essa vida toda. Eu procuro sempre fazer personagens populares,
brasileiros fundamentalmente, então, é gratificante estar aqui.
E como foi a sua preparação
para atuar como Anás?
Eu costumo viver
aprofundando todo o possível conhecimento sobre o ser humano. O Anás não é um
ser humano diferente dos outros. Então, essa é a minha fonte: a profundidade do
ser humano. É nela que eu me entrego para qualquer personagem. Eu não leio, eu
vivo. E essa minha vivência é que me abastece, que serve de incentivo e de
conhecimento para fazer todos os meus personagens, seja ele bandido, seja ele
mocinho, seja ele doce, seja ele violento. Tudo está dentro de mim. O Anás é um
deles também.
Você não tem como ver todo o
espetáculo, mas tem alguma cena que te chama mais atenção?
A encenação toda, com
começo, meio e fim, ela toca não só a mim, mas a todo mundo. Na verdade, ao
mundo em si. É uma coisa muito significativa, principalmente para o povo
cristão.
E quais são os seus projetos
futuros?
O meu projeto de vida é a
próxima respiração. Ela não aconteceu definitivamente parando, então eu estou
vivendo e acho que vão acontecer outros personagens também. Eu pretendo que minha
carreira não se encerre aqui. Até porque, eu tenho que pagar minhas dívidas e,
para isso, tenho que trabalhar muito ainda (risos). Fonte: G1