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Palestina convida Brasil para ser “mediador da paz” com Israel

O presidente palestino, Mahmoud Abbas, encontrou-se nesta quinta-feira (1) em Ramala com ministro das Relações Exteriores do Brasil, Aloysio Nunes. 
Na pauta, a situação na região e a decisão da Autoridade Palestina (AP) em não mais aceitar os Estados Unidos como mediador da paz após a decisão de Donald Trump em reconhecer Jerusalém como capital de Israel em 6 de dezembro.      

Abbas apresentou ao ministro brasileiro a ideia de realizar uma conferência internacional em meados deste ano, que seria uma tentativa de “desbloquear” o processo de paz do Oriente Médio. Ele espera que dessa reunião com líderes de diversas partes do mundo surja um “mecanismo multilateral” para as negociações com Israel.     

O ministro palestino das relações exteriores, Riyad Maliki, pediu ao chanceler brasileiro que o Brasil faça parte desse “mecanismo” que irá se formar e ajude na mediação do histórico conflito com Israel. Segundo as lideranças palestinas, é preciso pôr em prática “as resoluções internacionais para alcançar um acordo justo e global, e alcançar a paz na região, com a criação de um estado palestino nas fronteiras de 1967 e tendo Jerusalém Oriental como sua capital”.     

Abbas agradeceu ao Brasil – que reconheceu o estado palestino em 2010 durante o governo Lula –  pelo seu constante apoio à causa palestina e expressou seu interesse em fortalecer as relações entre os países.     

Nunes, que está em viagem oficial aos territórios palestinos depois de sua visita de dois dias a Israel, reafirmou a posição brasileira de apoiar “a solução dos dois Estados” e declarou que seu governo também deseja fortalecer as relações bilaterais com a Palestina.     

Além de Abbas e de seu homólogo palestino, o chanceler brasileiro se encontrou com o primeiro-ministro Rami Hamdallah. Eles discutiram o impacto do reconhecimento norte-americano de Jerusalém como capital de Israel e avaliaram como fortalecer a cooperação em setores como agricultura, energia, educação e saúde.     

Ao abordarem a pauta econômica, Maliki pediu que o Brasil aumente a importação de produtos palestinos visando fortalecer a economia do país e “facilitar a sua independência”. O ministro também sugeriu um boicote aos produtos fabricados em assentamentos israelenses, na prática do chamado BDS (Boicote,  Desinvestimento, Sanções). Curiosamente, no início do mês passado, o PSOL divulgou uma resoluçãodefendendo termos semelhantes. Com informações de News Eu