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Pacientes denunciam falta de medicamentos para tratamento de HIV no IMIP

Pacientes soropositivos denunciaram nesta segunda-feira (26), a falta de medicamentos na farmácia do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP). Segundo denúncias, pelo menos 5 medicações estão em falta na rede pública. Entre elas, o antirretroviral que contém a combinação do tenofovir (300mg), lamivudina (300mg) e efavirenz (600mg) - popularmente chamado de "3 em 1" oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).  

A suspensão do medicamento pode desencadear uma série de problemas aos pacientes soropositivos, entre eles, a resistência do vírus no organismo e desenvolvimento de doenças oportunistas ocasionadas pela baixa na imunidade. Segundo a ONG Soropositividade, Comunicação e Gênero (GESTOS), desde 2013, o problema vem ocorrendo periodicamente, mas nos últimos meses a frequência tem aumentado.   

A dona de casa F.B, ficou desesperada ao receber a notícia da falta do remédio na farmácia. “Eles me pediram para procurar o médico e mudar a minha medicação, mas geralmente a consulta demora meses. Meu corpo já rejeitou vários remédios, tenho medo de rejeitar novamente. Suspendendo o nosso tratamento, estão nos matando. Nós precisamos deles".  

O servidor público A.F contou que estava apenas com um medicamento para o dia. "Levei um susto quando cheguei como faço todos os meses para pegar o medicamento e informaram que estava faltando. Dependemos dele para sobreviver. O HIV não tem preconceito, é uma luta de todos. Amanhã vou novamente, caso o problema persista, vou encaminhar a denúncia ao ministério público".   

Em nota a Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que a medicação sofreu um atraso para chegar ao Brasil e a entrega de lotes nas unidades pernambucanas já está sendo realizada. Segundo os pacientes, a farmácia deu o prazo de até esta terça-feira.  

Números  
Em 2017, Pernambuco notificou 396 casos de Aids, sendo 259 no público masculino e 137 no feminino. No caso da sífilis adquirida (público em geral), foram 2.684 casos em 2017, além de 1.341 de sífilis em gestante e 1.612 de sífilis congênita (passada da mãe para o bebê durante a gestação).  

A importância do teste   
O diagnóstico precoce do HIV/Aids possibilita um aumento da qualidade de vida da pessoa com o vírus. Assim que detecta o resultado positivo, ela inicia o tratamento anti-retroviral que faz com que o vírus seja isolado e não se manifeste.  
Onde fazer?   
A partir das 17h desta terça feira (27), o projeto Quero fazer estará na Rua do Lazer, nas proximidades da Unicap, no centro do Recife para realizar testagem rápida. No local, além de teste de HIV, será oferecida testagem de sífilis e serão distribuídas camisinhas e sachês de gel lubrificante. Os casos positivos já saem com encaminhamento para a rede de referência para o tratamento Fonte: Diário de Pernambuco