A mulher da vereadora
assassinada Marielle Franco, Monica Benício, e a irmã dela, Anielle Silva,
participaram, hoje, de uma sessão solene realizada no plenário da Câmara dos
Deputados, em Brasília.
A sessão foi convocada em
homenagem ao Dia Internacional do Direito à Verdade sobre Graves Violações aos
Direitos Humanos e da Dignidade das Vítimas, instituído pela Organização das
Nações Unidas (ONU) e que é celebrado no dia 24 de março.
Marielle e o motorista dela,
Anderson Gomes, foram mortos a tiros na noite de quarta-feira da semana passada
no Rio de Janeiro. Os culpados ainda não foram identificados.
Primeira a discursar na
tribuna, a deputada Luiza Erundina (PSOL-SP) destacou a importância da data
para resgatar a verdade histórica sobre acontecimentos durante o regime militar
no Brasil, por exemplo, e homenagear a memória das vítimas. "São 434 mil
desaparecidos políticos", disse Erundina.
Segundo a deputada, a comemoração
da data se reveste de um significado maior em razão da atual conjuntura
brasileira, marcada pela morte de Marielle.
O deputado Wadih Damous
(PT-RJ), que presidiu a Comissão da Verdade do Rio, também cobrou
esclarecimento sobre os desaparecidos políticos durante a ditadura.
"Enquanto não tivermos
a resposta sobre o paradeiro dos nossos desaparecidos, não teremos uma
democracia plena. (...) É uma espinha na garganta da democracia
brasileira", afirmou Damous.
Líder do PSOL na Câmara, o
deputado Ivan Valente (SP) também pediu a elucidação das mortes políticas
recentes, como a da Marielle. "Nós queremos saber a verdade", disse.
Faixas foram estendidas no
plenário. Uma delas questionava: "Quem matou Marielle e Anderson?"
Pouco antes do início da
sessão, parlamentares do PT e do PCdoB colaram uma foto de Marielle em uma
exposição da Câmara em homenagem às mulheres no mês de março. Fonte: Blog do Magno Martins