Por
conta de uma lesão no joelho esquerdo, o agora ex-lateral direito preferiu
encerrar a carreira
Cicinho
anunciou nesta terça-feira (6) o fim de sua carreira como jogador de futebol.
Aos 37 anos, o ex-lateral direito preferiu encerrar a sua trajetória como
atleta profissional por conta de uma lesão no joelho esquerdo.
Campeão
mundial de 2005 pelo São Paulo, ele foi homenageado pelo presidente do clube,
Carlos Augusto de Barros, o Leco, e pelo superintendente de relações
institucionais e ex-companheiro, Diego Lugano, ao receber uma camisa e uma
placa do clube tricolor.
"Esse
pronunciamento é por conta do meu futuro, da minha carreira. E é muito
importante que seja feito em um lugar que tenha me dado direção. Estou aqui
para falar do encerramento da minha carreira devido a problemas no joelho, de
cartilagem. Estou feliz e tranquilo com a decisão. Foi em comum acordo com a
minha família e com a minha esposa. Para continuar jogando, precisava de uma
cirurgia agressiva. Por ter 37 anos, não achei viável e pensando na minha
qualidade de vida, a melhor opção seria parar de jogar futebol", disse
Cicinho.
Após
o pronunciamento e de receber a placa e a camisa do São Paulo, foi exibido um
vídeo com depoimentos de jogadores que também participaram das conquistas de
2005, como Rogério Ceni, Amoroso, Aloísio e Mineiro. "Quando estava na
Turquia projetava o retorno ao São Paulo, por ser a minha casa. Agora estou de
volta para essa festa. É um momento de muita emoção", afirmou Cicinho, que
ainda não definiu qual será o seu futuro longe do futebol
"Pretendo
tirar um tempo para me dedicar à família, esposa, filhas. Tenho um projeto em
andamento, em Goiás um centro esportivo, para crianças, vai ter futebol,
escola, academia. Um centro esportivo bem completo e legal. Mas é claro que não
vão descartar possibilidade de trabalhar no futebol de alguma maneira. Mas o
meu pensamento agora é o centro esportivo", disse o ex-jogador.
Cicinho
fez parte da história no São Paulo. O lateral direito começou a sua carreira no
Botafogo-SP, de Ribeirão Preto. Na sequência foi para o Atlético-MG, até chegar
ao clube tricolor, em 2004. No Morumbi, ele passou por um dos períodos mais
vitoriosos do clube. Titular absoluto, ele conquistou o Campeonato Paulista, a
Copa Libertadores e o Mundial, todos em 2005.
"Eu
não tive momentos difíceis no São Paulo. Éramos uma família. Tudo era sanado
dentro de campo, meu problema não foi dentro de campo, mas sim fora. E o São
Paulo ajudou a detectar esse problema", completou o ex-jogador.
Renomado,
foi convocado pela seleção brasileira para disputar a Copa do Mundo de 2006, na
Alemanha. No total, defendeu o país em 17 partidas. Também integrou a equipe de
galácticos do Real Madrid, ao lado de Ronaldo, Robinho, Roberto Carlos e Júlio
Baptista. Depois, ainda vestiu a camisa da Roma, da Itália, antes de voltar
para o São Paulo, em 2010.
Emprestado
ao time tricolor, ele não conseguiu repetir as boas performances de sua
primeira passagem. O jogador chegou a assumir que enfrentou problemas com
alcoolismo e voltou para a Itália. Nos anos seguintes defendeu também o
Villarreal, da Espanha, o Sport, de Recife, o Sivasspor, da Turquia, e o
Brasiliense. Somados os dois períodos no São Paulo, foram 151 jogos e 21 gols. Fonte: FolhaPE