Segundo
o laudo, o apartamento vale R$2,2 milhões
A
avaliação judicial do tríplex atribuído ao ex-presidente Lula encontrou um
fogão, um exaustor e uma geladeira, sem uso e desligados, no imóvel. Além disso
há armários e camas "em bom estado de conservação". Segundo o mesmo
laudo, o apartamento vale R$ 2,2 milhões.
O
procedimento foi feito a pedido do juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de
Curitiba, que determinou a venda do imóvel por meio de hasta pública. Ele tomou
a providência depois que a Justiça do Distrito Federal penhorou o tríplex num
processo de cobrança de dívidas da OAS. Moro, que atribui o apartamento a Lula,
suspendeu o procedimento e determinou a venda do imóvel.
Segundo
o laudo, "no primeiro pavimento há uma sala com varanda, cozinha e área de
serviço, lavabo e uma suíte" que não existia na planta original,
modificada "para a inclusão deste dormitório". No segundo pavimento
"existem três quartos compactos", sendo um deles suíte, "um
banheiro e um hall de distribuição". No terceiro pavimento há uma sala,
churrasqueira e piscina. Coifa e armários desta área "apresentam sinais de
desgaste e ferrugem". Um elevador integra os três andares.
"O
imóvel possui piso frio em todos os cômodos e armários planejados nos quartos,
cozinha, área de serviço, área externa e banheiros", segue o documento.
A
oficial de Justiça que fez a avaliação esclareceu no laudo que se dirigiu ao
local e que o porteiro, "sr. Alexandre", informou que "as chaves
do apartamento ficam com funcionários da empresa OAS".
O
funcionário deu a ela o telefone da empreiteira, que enviou dois funcionários
ao local. Um deles era a engenheira Mariuza Aparecida da Silva Marques, que foi
testemunha do processo contra Lula.
O
fato de o ex-presidente nunca ter ficado com as chaves do imóvel e de ele estar
até hoje em posse da empreiteira é um dos argumentos centrais da defesa de
Lula. Os advogados alegam que o apartamento é da construtora e não pode ser
atribuído ao ex-presidente. Fonte: FolhaPE