Segundo familiares, Rosângela Almeida tinha ferimentos nas mãos e testa, como se tivesse tentado sair do caixão após sepultamento. Polícia investiga.
A família de uma mulher de 37
anos que ficou enterrada por mais de dez dias, na cidade de Riachão das Neves,
no oeste da Bahia, acredita que ela tenha sido sepultada ainda com vida, após
um erro médico.
Os familiares de Rosângela
Almeida dos Santos dizem que o corpo dela foi encontrado revirado no túmulo,
com ferimentos nas mãos e testa, como se tivesse tentado sair do caixão após o
sepultamento.
"Quando abri o caixão,
ela tinha aberto. Até aqueles preguinhos que tavam em cima tava solto. A
mãozinha tava ferida, como quem tava arrumando assim... arrumando o caixão para
sair", disse Germana de Almeida, mãe de Rosângela.
O túmulo foi violado pela
família após moradores de casas vizinhas ao cemitério municipal onde a mulher
foi enterrada ouvirem gritos vindos do túmulo. A família diz que o corpo da
mulher ainda estava quente.
"Quando eu cheguei bem
ali em frente, eu ouvi batendo ali dentro. Aí eu pensava que era brincadeira
dos meninos, que os meninos só vivem aqui dentro [do cemitério] brincando... Aí
gemeu duas vezes, com as duas gemidas ela parou", falou a dona de casa
Natalina Silva. Certidão de óbito aponta choque séptico como causa da morte.
A situação ocorreu na última
sexta-feira (9), mas a mulher havia sido enterrada no dia 29 de janeiro.
Rosângela estava internada no Hospital do Oeste, em Barreiras, e teve a morte
atestada no dia 28.
A certidão de óbito aponta
um quadro de choque séptico como causa do falecimento. A situação está sob investigação
da Polícia Civil de Riachão das Neves.
Em nota, a assessoria do
Hospital do Oeste informou que está à disposição dos familiares da vítima e
autoridades para prestar todas as informações necessárias. Fonte:g1