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Manifestantes protestam contra a reforma da Previdência em Recife

Reunidos no Centro do Recife, na tarde de hoje, trabalhadores, representantes de centrais sindicais e integrantes de movimentos sociais protestaram contra a reforma da Previdência, cuja votação, marcada inicialmente para fevereiro, foi suspensa devido à intervenção militar no Rio de Janeiro. Organizado pela Central Única dos Trabalhadores em Pernambuco (CUT-PE), o ato teve início por volta das 15h e finalizou às 18h.  

Carregando bandeiras de sindicatos e de organizações sociais, o grupo se concentrou inicialmente no estacionamento da Câmara dos Vereadores do Recife até seguir para o Parque 13 de Maio. Com grupos tocando forró pé-de-serra, os integrantes do ato dançaram enquanto protestavam contra a aprovação da reforma. Segundo a CUT-PE, cinco mil pessoas participam do protesto. A Polícia Militar em Pernambuco não divulga a estimativa de participantes de manifestações de rua.    

Por volta das 16h45, os manifestantes iniciaram uma caminhada rumo à agência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), na Avenida Dantas Barreto, no bairro de Santo Antônio, na área central do Recife. De acordo com o presidente da CUT-PE, Carlos Veras, o evento integrou as paralisações e greves feitas em escala nacional contra a reforma da Previdência. Às 18h, o grupo chegou ao destino e se dispersou após discursos dos organizadores.    

Mesmo com a suspensão da votação, Veras considerou necessária a mobilização para pressionar deputados federais contra a aprovação das medidas. "Temer usou o artifício do decreto [de intervenção das forças militares no Rio] para suspender a votação, mas não dá para confiar em um governo golpista e cheio de artifícios. Por isso, precisamos continuar firmes, resistindo e pressionando cada deputado federal desse país para que eles barrem a reforma [da Previdência]", alegou.    

Segundo o presidente do Sindicato do Grupo Ocupacional Administração Tributária do Estado de Pernambuco, João Helio Coutinho, a reforma da Previdência é nociva para a sociedade. "Para os trabalhadores do setor privado e púbico, para as atuais e futuras gerações, ela lesa direitos dos trabalhadores, dos futuros aposentados e de quem já se aposentou”, afirma.
Fonte: G1 PE