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Collor: Seria covardia não assumir desafio de candidatura

Folha de São Paulo 
Depois de ter deixado a Presidência da República em 1992 em meio a um processo de impeachment, o senador Fernando Collor de Mello (PTC-AL) confirmou, hoje, sua intenção de disputar novamente o Palácio do Planalto nas eleições deste ano. Collor definiu sua pré-candidatura como "liberal e progressista" e disse ainda que seria "covardia" de sua parte "renunciar a verdade e desviar de mais um desafio que o destino me impõe".    

O alagoano já havia se lançado pré-candidato em uma visita ao município de Arapiraca, em seu Estado, no mês passado. Com a volta das atividades do Congresso, ele pediu a palavra na tribuna do Senado e fez um discurso de 22 minutos para anunciar os motivos pelos quais pretende disputar o cargo.    

"Precisamos de equilíbrio e maturidade. Um centro progressista e liberal. Que não se prenda aos rótulos da direita ou esquerda. Uma candidatura com comprovada capacidade, liberal no plano econômico e inclusivo no plano social. Precisamos de um perfil que conjugue vivência com coragem", disse ao definir que postura pretende adotar em sua candidatura.    

O discurso do senador ocorre no segundo dia de atividades do Congresso em 2018. Ele falou para um plenário esvaziado, com apenas oito senadores presentes.    

Em pesquisa Datafolha divulgada na semana passada, o ex-presidente aparece com 3% das intenções de voto, porém com alta taxa de rejeição, com 40% dos entrevistados dizendo que não votariam nele "de jeito nenhum".    

Collor fez um discurso elogioso aos seus "40 anos de vida pública", enumerando os cargos que já ocupou na política: prefeito, deputado, senador e presidente da República. Ele defendeu ainda que o momento em que o país vive requer "inovação" e não "renovação".