O jogador não demonstrava a
mesma motivação para ficar, como se já houvesse cumprido sua missão no clube. E
sofreu um grande desgaste com a má campanha na Série A do ano passado
A reação dos torcedores do
Sport nas ruas é sábia quando o tema é a saída de Diego Souza. Eles reconhecem
o talento do ídolo, da importância que teve para o clube da Praça da Bandeira
nas últimas três temporadas, mas não reclamam. Parecem conscientes de que o
tempo de DS87, na Ilha, acabou.
Para ele e para o Sport.
Ambos foram úteis um ao outro.
Vestindo a camisa de um clube do Nordeste, Diego foi acolhido pela torcida e
procurou respeitá-la, fazendo grandes apresentações e gols antológicos. Seu
empenho foi premiado com as convocações para a Seleção Brasileira na Era Tite.
Mas a terceira temporada na
Ilha trouxe também desgaste. Diego caiu de rendimento no Brasileiro, ficou fora
das convocações, teve problemas pessoais e ainda um treinador de pouca
habilidade para lidar com ele, caso de Vanderlei Luxemburgo.
O conhecimento que o técnico
tem da função, imenso, é proporcional à sua falta de habilidade para gerir um
grupo. Nas vitórias, estufava o peito, atraindo para si todos os méritos. Nas
derrotas, dedo em riste para os jogadores.
E Luxemburgo não perdoou
alguns jogos sonolentos de Diego Souza. Ficou o desgaste do jogador com a
torcida e com a diretoria.
No São Paulo, em fase de
soerguimento, Diego Souza terá espaço e motivação para crescer novamente e,
quem sabe, conseguir a sonhada vaga no grupo que vai à Rússia, em junho
Cabe, agora, ao Sport busca um
substituto à altura. Marlone, que fez uma boa temporada em 2015, é candidato ao
posto, assim como o jovem Everton Felipe. O primeiro joga um futebol mais
cadenciado e é um bom finalizador à media e longa distâncias. Já o segundo
preza pela habilidade dos dribles e a velocidade para levar o time ao ataque.
São estilos diferentes que se
completam e, cada um ao seu jeito, poderá somar para que o time sinta menos
falta de Diego.
A diretoria do Sport fez um
bom negócio ao liberá-lo. Ficar com um atleta desmotivado não seria de bom
alvitre para o clube. Fonte: FolhaPE