Valéria Monteiro é
pré-candidata à Presidência e se filiou na manhã desta sexta-feira (12) ao PMN
Desde sábado (6), quando
postou um vídeo no Facebook no qual compara o discurso de Jair Bolsonaro
(PSC-RJ) ao de Adolf Hitler, a jornalista e ex-apresentadora do "Jornal
Nacional" e outros programas da TV Globo Valéria Monteiro, 52, se tornou
alvo de ataques na internet. Pré-candidata à Presidência, ela se filiou na
manhã desta sexta-feira (12) ao PMN.
Comentários que diziam
"Vai lavar louça" e outros que resgatavam a capa da
"Playboy" feita em 1994 foram usados para desqualificar a jornalista,
novata no mundo político. O vídeo, com 3 milhões de visualizações no Facebook,
foi compartilhado por Bolsonaro.
Valéria afirma que não quis
fazer nenhuma ofensa ao deputado federal, mas chamá-lo para o debate.
"Considero que as ideias que ele propaga dividem ainda mais o Brasil e
trazem uma incitação a uma violência ainda maior do que sofremos". Nas
próximas semanas, novos vídeos devem ser lançados pela pré-candidata fazendo
referência ao que Valéria chama de "velhas raposas na política".
Bandeiras
No ato de filiação, a
jornalista fez um discurso evocando o diálogo, a esperança e a reconciliação
entre brasileiros. Ela diz que seu objetivo é compor uma união nacional para
mudança dos padrões atuais da política. "Meu menu é muito mais amplo do
que coxinhas e mortadelas", declara.
As propostas da pré-candidata
estão em construção, assim como o modelo da futura campanha. "Ainda não há
uma história política que envolva meu nome, e isso é uma diferença da minha
candidatura para as demais. Sou uma pessoa que vem da vida cotidiana, que
entende as dificuldades de ser brasileiro. Venho com muita vontade de
representar as pessoas que existem para além das fronteiras da minha
vida".
Valéria diz que quer levar ao
partido a luta pela igualdade salarial entre homens e mulheres, como
estabelecido na Islândia. "Espero poder contribuir para uma discussão
maior da condição feminina no Brasil. O país não pode funcionar só com metade
da sua população. Podemos fazer um Brasil muito mais rico com as mulheres,
negros, LGBT e todos envolvidos nessa construção."
Sigla
O PMN (Partido da Mobilização
Nacional) é uma sigla pequena, sem representação no Congresso Nacional e com
poucos recursos. Segundo Valéria, essas características despertaram seu
interesse pela legenda, já que buscava um partido que "não tivesse se
corrompido". Logo após a filiação da pré-candidata, o PMN também realizou
a filiação de quatro pastores em seu quadro político. Fonte: FolhaPE