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Em menos de dez dias, segundo caso de febre amarela é investigado em Pernambuco

As notificações já realizadas, nos dias 9 e 16 de janeiro deste ano, são de pernambucanos que visitaram a Bahia e São Paulo e voltaram com alguns dos sintomas da doença 

Após as primeiras suspeitas de casos de febre amarela, em Pernambuco em menos de 10 dias, com investigações em curso, a procura pela vacina aumentou em 50% no Recife. Segundo a Secretaria de Saúde da cidade, com o aumento de 700 doses na demanda, a população que chega às clínicas públicas recebe orientações sobre os serviços e a garantia de que a região nordeste não conta com nenhuma evidência de transmissão. Sendo assim, não há a necessidade de vacinação para seus residentes. A indicação é somente para quem vai viajar para as áreas de risco - regiões Norte, Centro-oeste e Sudeste. Para quem pretende viajar, por turismo ou trabalho, a vacina deve ser tomada 10 dias antes para que o corpo produza os anticorpos necessários.  

As notificações já realizadas, nos dias 9 e 16 de janeiro deste ano, são de pernambucanos que visitaram a Bahia e São Paulo e voltaram com alguns dos sintomas da doença. Os dois pacientes foram liberados, mas seguem sob observação. O secretário de saúde do Recife, Jailson Correia, explica que nesses casos, o primeiro passo é procurar alguma rede de saúde. Para quem está com viagem marcada, é preciso apresentar o comprovante para vacinação. “Não há necessidade de alarme, mas o combate é fundamental. Mulheres grávidas, ou que estejam amamentando e idosos com mais de 60 anos, só podem ser vacinados sob orientação médica, para serem avaliados quanto os riscos e benefícios”, orienta.    

Ainda segundo a Secretaria de Saúde, embora a demanda tenha aumentado, o abastecimento está normal. Mensalmente, 2.000 doses são distribuídas. Em janeiro, o volume aumentou em 700 unidades. O motorista recifense Eduardo Moura, de 39 anos, foi um dos pacientes que compareceu nesta quarta-feira (17) à uma unidade de saúde para se prevenir antes de ir embarcar para terras cariocas. “Vou passar o carnaval no Rio de Janeiro com meus pais e tios. Todos já se vacinaram, hoje vim fazer a minha parte. Ficamos sabendo da doença pela televisão e, mesmo sem ter histórico na família, preferimos garantir nossa saúde”, conta. 

Às vésperas da folia, um material informativo bilíngue, em português e inglês, está sendo produzido para receber os que chegam nos dias de festa. No folheto, as boas-vindas, o esclarecimento de que o estado não oferece risco e as orientações necessárias relativas à presença de algum sintoma. Febre alta, dor de cabeça, parte branca do olho amarelada ou sinais de hemorragia, como sangramento nasal, vômito ou fezes com sangue, pode ser indício de febre amarela.  Fonte: Diário de Pernambuco