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Panelas: Sete pessoas podem estar envolvidas no rapto de criança de 3 anos

A Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS) informou que sete pessoas estão sendo investigadas por suspeita de participação no rapto de uma menina de três anos no Distrito de Cruzes, em Panelas, no Agreste de Pernambuco. A criança foi levada de dentro da residência dos pais no último domingo (24), na Véspera de Natal, e foi encontrada na noite dessa quarta-feira (27) no município de Catende, na Zona da Mata Sul do Estado.    

Segundo a investigação, os sequestradores teriam sido contratados pelo suposto pai biológico da criança, que é detento do Presídio Desembargador Augusto Duque, em Pesqueira, no Agreste. O representante da Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres) Cristiano Regiso informou que o homem está preso desde 2014 pelos crimes de homicídio e assalto. Ele teria mandando liberar a criança após grande repercussão do caso no Estado.     

A dupla que executou o rapto foi identificado após a polícia localizar o carro utilizado para levar a menina de casa. O chefe da Polícia Civil de Pernambuco, o delegado Joselito Kehrle, afirmou que a prisão preventiva deles já foi solicitada e a polícia aguarda uma resposta da Justiça sobre os mandados. Também está detido um vizinho da família da criança, que mostrou ao sequestradores onde ficava a casa da menina. Ele foi preso por meio de mandado de prisão temporária, com prazo de cinco dias.    

O veículo utilizado no crime foi descaracterizado e seria desmontado em um galpão na cidade de Garanhuns, no Agreste. “O proprietário deste galpão foi ouvido e disse que de fato os três sequestradores devolveram o veículo após a utilização e a veiculação das imagens”, disse Joselito Kehrle, que confirmou que o dono do galpão também será investigado.    

Também foram detidas duas mulheres, na manhã desta quinta-feira (28) na cidade de Catende, onde a menina foi encontrada. Elas alegam ser mãe e avó biológica da criança e podem ter ficado com ela durante o rapto. Na certidão de nascimento da menina, no entanto, constam os nomes do casal com quem ela vive em Panelas. Diante disso, serão realizados exames de DNA. “Há durante a investigação a necessidade de perfis genéticos de exames de DNA que possam traduzir a veracidade dos fatos; se de fato o presidiário é o pai da criança – uma vez que a mãe nega – e há uma outra senhora que se apresenta como mãe desta criança”, explica Joselito Kehrle.    

A SDS ressaltou que as investigações ainda estão no início. “Nós não descartamos nenhum viés da prática desse crime, vamos explorar todas as possibilidades para ter a certeza da participação de cada um e a motivação real deste arrebatamento”, afirmou o secretário executivo de Defesa Social, Humberto Freire. Os envolvidos podem responder por sequestro, abandono de incapaz, cárcere privado, entre outros crimes. A procedência do veículo utilizado no sequestro também será apurada.    

Violência sexual 
O exame sexológico realizado pelo Instituto de Medicina Legal (IML) de Caruaru, no Agreste, apontou que a criança não sofreu violência física nem sexual. O laudo assinado pelo perito José Alves contradiz o primeiro exame feito pelo médico Flávio Augusto Andrade, que informava que ela havia sido vítima de abuso sexual. Agora, a menina está sob os cuidados da família, com a supervisão do Conselho Tutelar de Panelas.  TV Jornal / NE10 Interior