Diretoria
tricolor está otimista em ter atacante por mais uma temporada
A
diretoria do Santa Cruz e Grafite se reúnem nesta sexta (22) para conversar
sobre o ano de 2018. O encontro entre as partes, que aconteceria na tarde da
última quinta (21), mas foi remarcado por conta da ausência do ex-presidente
Alírio Moraes, pode definir o futuro do atacante. As conversas estão sendo
conduzidas pelo mandatário Constantino Júnior e o vice Tonico Araújo, ambos
otimistas em renovar o contrato do ídolo coral por mais uma temporada.
A
dívida do passado é o maior entrave da negociação. O clube ainda deve salários
deste ano ao camisa 23, além de algumas pendências financeiras de 2016. Ele
espera o pagamento dos atrasados, enquanto a cúpula tenta parcelar os
vencimentos. Apesar do empecilho, o centroavante já revelou que deseja seguir
na Cobra Coral. Ainda no fim do Campeonato Brasileiro da Série B, pensou em
pendurar as chuteiras, porém adiou a aposentadoria. Assim que encerrar a
carreira, seu projeto é virar diretor de futebol.
Aos
38 anos de idade, Grafite é considerado uma referência no Santa. O currículo
dele no futebol fala por si só. O centroavante defendeu grandes clubes
brasileiros, como Grêmio, Goiás, São Paulo e Atlético/PR. Fora do País, também
fez história. Jogou no Le Mans (França), Wolfsburg (Alemanha), Al Ahli
(Emirados Árabes) e Al-Sadd (Catar). Seu ápice foi em 2010, quando disputou a
Copa do Mundo de 2010 pela Seleção Brasileira.
O
técnico Júnior Rocha exaltou a importância do experiente jogador no
planejamento. Além da liderança tanto dentro como fora de campo, o veterano é
visto como solução para o ataque. “Ele (Grafite) seria fundamental para o nosso
modelo de jogo. Não é fácil achar um camisa 9. Quem acompanha o mercado de transferências
sabe que está todo mundo atrás de um centroavante. Há pouco tempo, inclusive, o
Internacional cogitou a contratação dele”, ressaltou.
Grafite
acumula quatro passagens pelo Tricolor (2001, 2002, 2015-2016 e 2017) e algumas
conquistas, como o título inédito da Copa do Nordeste 2016 e do Campeonato
Pernambucano e um acesso à Série A em 2015. Ao todo, são 123 partidas com a
camisa coral e 50 gols marcados, sendo três deles este ano. A temporada 2017
foi melancólica. Além do rebaixamento à Série C, não conseguiu render no
Atlético-PR, onde balançou as redes apenas uma vez em 24 jogos no primeiro
semestre. Fonte: FolhaPE