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80% das nações no mundo estão no rol da má fama da corrupção


De acordo com estimativas da Associação Alemã para a Cooperação Internacional (GIZ, sigla em alemão), organização estatal que está presente em mais de 130 países e tem experiência na implantação de projetos contra a corrupção em diversas nações no mundo, 80% dos países do planeta são considerados “altamente corruptos”. A instituição atua em parceria com diversos governos de forma bilateral, em áreas como gestão de riscos e implementação de projetos, que ajudam a diminuir a incidência de atos ilícitos nos respectivos países. 

“No nosso trabalho, tentamos incluir o setor público, privado e também a sociedade civil”, explica Nicole Botha, chefe do programa setorial de anticorrupção e integridade da GIZ. Na prática, a instituição atua de maneira integrada, por meio de implementação de medidas de prevenção a atos ilícitos, formação de autoridades públicas e de agentes de investigação, entre outros. Nesse cenário, a GIZ também promove o intercâmbio entre as autoridades para que haja uma troca de experiências e percepções sobre o tema. “Apoiamos a boa governança e programas que visam reformas do sistema tributário. Além disso, também somos a favor de uma reforma da Justiça, já que esse é um dos critérios fundamentais para lutar contra a corrupção”, diz. 

Entre os países onde a GIZ trabalhou em parceria com o setor público estão o Quênia, na África, e a Indonésia, na Ásia. No país africano, foi implementado um sistema de denúncias que funciona de maneira digital. A ferramenta provocou um aumento de 20% nas denúncias, entre 2013 e 2015, elevando também a fundamentação delas e impactando em investigações criminais mais fáceis. A GIZ também atuou na formação de funcionários de órgão do governo queniano, fazendo com que o número de subornos tivesse caído pela metade. 
 
Na Indonésia, onde a GIZ possui uma cooperação com a autoridade anticorrupção do país, foi desenvolvido, recentemente, um aplicativo para celular que deve aumentar a transparência nos serviços públicos. A ideia é que os cidadãos possam obter informações referentes a despesas públicas, licitações, além de poderem consultar quais são os seus direitos civis do ponto de vista da lei. Na América Latina, a GIZ possui parceria com a Guatemala, onde coopera com a divisão local da ONG Transparência Internacional. Em El Salvador, a instituição cooperou com o Ministério das Finanças do país para implementar uma unidade anticorrupção. Por enquanto, ainda não existe parceria da entidade para o combate à corrupção com o governo brasileiro. 
Fonte: Diário de Pernambuco