A saída do PSDB do governo
Michel Temer é agora apenas uma questão de tempo. Até integrantes da ala
governista do partido admitem que o desembarque tornou-se inevitável. Se
avançar a articulação para fazer de Geraldo Alckmin o presidente da sigla, ele
seria aclamado candidato ao Planalto já na convenção nacional, em dezembro, o
que anteciparia a debandada dos ministros tucanos. Se a presidência da legenda
ficar com Marconi Perillo (GO), o limite será fevereiro de 2018.
Uma vitória do senador Tasso
Jereissati (CE) na disputa interna também anteciparia a ruptura da aliança com
o Planalto. Tasso tem o apoio de Fernando Henrique Cardoso e está no comando do
partido. Isso lhe dá vantagem para mapear os votos do colégio que elegerá o novo
presidente do PSDB.
FHC, que pregou o
desembarque do PSDB em artigo neste domingo (5), diz agora que “um partido que
se propõe a lançar candidato presidencial neste momento difícil do país deve
procurar união interna para, em aliança com alguns outros partidos, formar um
polo progressista”.
“O PSDB precisa continuar
apoiando as reformas, mas para ser condutor de novas políticas não
necessariamente há de estar ligado a um governo cujo núcleo político pertence a
outros partidos. Veremos se na convenção haverá o rejuvenescimento requerido
para o futuro do Brasil”, conclui o ex-presidente. Fonte: Magno Martins