O ministro das Cidades, Bruno
Araújo (PSDB), encaminhou nesta segunda-feira (13) ao presidente Michel Temer
uma carta pedindo demissão do governo federal (leia ao final deste post a
íntegra da carta). O pedido de exoneração se deu em meio ao racha político no
PSDB, que está dividido entre uma ala que defende a permência no governo
federal e outra que quer desembarcar da gestão peemedebista.
A assessoria do Palácio do
Planalto afirmou ao G1 que, até a última atualização desta reportagem, ainda
não havia obtido informações sobre o pedido de exoneração do ministro das
Cidades.
A cizânia tucana se
intensificou durante a tramitação, na Câmara dos Deputados, da segunda denúncia
do Ministério Público contra Temer. Na semana passada, com a destituição do
senador Tasso Jereissati (CE) do comando interino do PSDB, a briga entre as
correntes tucanas ganhou ares de crise.
Na carta de demissão, o
titular das Cidades agradeceu ao presidente da República a oportunidade de
comandar a pasta responsável, entre outras coisas, pelo programa Minha Casa,
Minha Vida e justificou a saída do governo ao fato de, segundo ele, já não
haver dentro do PSDB "apoio no tamanho que permita seguir nesta
tarefa".
"Agradeço a confiança do
meu partido, no qual exerci toda a minha vida pública, e já não há mais nele
apoio no tamanho que permita seguir nessa tarefa", escreveu o ministro na
carta em que pede para deixar o primeiro escalão.
Na tarde desta segunda, Bruno
Araújo chegou a participar de uma cerimônia, no Palácio do Planalto, ao lado do
presidente Michel Temer e de outros ministros. No evento, foram entregues os
primeiros cartões reforma do programa do Ministério da Cidades que prevê o
repasse de dinheiro a beneficiários do Minha Casa, Minha Vida para eles
reformarem as moradias.
O movimento de Bruno Araújo
abre caminho para a reforma ministerial. A ideia do presidente da República era
tirar dois ministros do PSDB, entre os quais Bruno de Araújo.
A ministra de Direitos
Humanos, Luislinda Vallois, também pode deixar o primeiro escalão.
Leia abaixo a íntegra da carta
de demissão de Bruno Araújo: