Tratamentos
foram interrompidos desde o fim de Agosto por causa da falta do remédio
Bortezomib. Desde outubro, Secretaria de Saúde afirmou que compra está sendo
feita.
Parentes de pacientes que
sofrem com câncer mieloma múltiplo denunciam que seguem sem poder continuar os
tratamentos no Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (Hemope) por
falta de um dos medicamentos utilizados na quimioterapia. A situação vem sendo denunciada desde outubro
De acordo com os doentes, os
ciclos de medicação foram interrompidos pela falta de Bortezomib, que custa, em
média, R$ 5.700 por frasco. Na época, o governo afirmou que estava resolvendo a
situação, resposta semelhante a dada nesta quarta-feira (15). A Secretaria de
Saúde apontou que "está se empenhando para concluir o processo no menor
tempo possível".
Filha de uma das pacientes
prejudicadas pela falta do remédio, Lindicélia Alves de Lima vê a situação da
mãe se agravar. Em entrevista ao Bom Dia Pernambuco, Lindiceia explicou que, há
dez dias, a equipe médica responsável pela mãe emitiu um laudo falando que a
paciente está tendo o ciclo interrompido pela falta da medicação e alertando
para as graves consequências.
O medicamento é aplicado e
disponibilizado no Hemope. De acordo com os pacientes, um lote chegou em julho
que só deu para fazer um ciclo, encerrado em agosto. Logo, os pacientes, a
maioria em estado grave, estão sem passar pelo procedimento de quimioterapia.
A Secretaria de Saúde de
Pernambuco afirmou que está realizando o processo licitatório para aquisição do
medicamento para adquirir 1.600 ampolas, o que será suficiente para atender aos
pacientes pelo período de 10 meses.
"Devido a falta da
medicação, a doença fica cada vez mais agressiva. Minha mãe tem mais dores,
fica sem se locomover, ficando em cima de uma cama. Infelizmente, essa é a
realidade com a falta da medicação", lamenta Lindicéia.
Fonte: G1