Lote 4 da Adutora do Agreste já está 75%
finalizado e ainda atenderá Santa Cruz do Capibaribe.
A Companhia Pernambucana de Saneamento
(Compesa) iniciou a fase de testes do Lote 4 da Adutora do Agreste, que vai
permitir levar água de Caruaru para abastecer Toritama, no Agreste de
Pernambuco, uma das regiões mais castigadas com a seca prolongada no estado. A
antecipação do uso das tubulações já assentadas do empreendimento para socorrer
a cidade, foi uma determinação do governador Paulo Câmara.
Nos próximos 15 dias, será realizado o
enchimento das tubulações com água do Sistema Prata/Pirangi para se fazer os
ajustes e correções necessários nesse trecho da adutora, com 13 quilômetros de
extensão, ao longo da BR-104. A expectativa é que os testes sejam concluídos
até o início do mês de novembro deste ano. “Durante o período de testes,
podemos identificar possíveis problemas operacionais e providenciar os reparos
necessários, antes que o sistema passe a funcionar de forma definitiva,
beneficiando a população tão sacrificada com os efeitos da estiagem
prolongada", explicou o diretor Técnico e de Engenharia da Compesa, Rômulo
Aurélio Souza, pontuando que o início da operação do sistema vai beneficiar 50
mil toritamenses.
O Lote 4 da Adutora do Agreste já está 75%
finalizado e ainda atenderá a cidade de Santa Cruz do Capibaribe. Agora, estão
em execução sete lotes do empreendimento no Estado com a atuação de 15 frentes
de trabalho simultâneas, em função da irregularidade dos repasses pelo governo
federal. No mês de setembro, a Adutora do Agreste contava com 20 frentes de
trabalho, e no pico da obra, neste ano, chegou a 35. “O andamento dessa obra
depende dos recursos do governo federal. Do início do ano até agora, recebemos
apenas R$ 67,6 milhões. No entanto, a nossa expectativa era de R$ 360 milhões,
no ano de 2017”, informa Rômulo Aurélio.
Até o momento, já foram implantados 400
quilômetros de tubulações da Adutora do Agreste, principal obra complementar em
Pernambuco projetada para receber água da Transposição do Rio São Francisco. A
obra representa a solução definitiva para que o abastecimento de água de 2
milhões de pessoas em 68 municípios da região não dependa mais de eventos
climáticos.
O Agreste é a região com o pior balanço hídrico do Brasil, ou seja,
apresenta o menor índice de disponibilidade de água por habitante. A primeira
etapa (licitada) da Adutora do Agreste foi iniciada no ano de 2013 e
corresponde ao conjunto de obras para beneficiar 23 municípios. A segunda etapa
do projeto ainda não foi conveniada e atenderá os outros 45 municípios da
região.
Fonte: G1