O jornal El País publicou em
seu site uma matéria sobre o pastor André Assis, que possui um trabalho de
evangelismo nas grandes favelas do Rio de Janeiro. Nela a equipe de reportagem
acompanha o pastor, de 45 anos, pelos Complexos do Chapadão e da Maré, zona
norte do Rio.
“Os grupos de adolescentes
ameaçadores que vigiam as ruas se desarmam diante do chamamento do pastor.
Ninguém questiona ou se incomoda com a sua presença, nem tampouco com a da
reportagem. O pastor representa a única autoridade – além de seus chefes – que eles
respeitam e temem,” ressalta a reportagem.
Com mais de 10 anos
trabalhando diretamente com pessoas ligadas ao tráfico de drogas, o pastor
André observou a necessidade de criar um centro de reabilitação como refúgio e
abrigo para os ex-traficantes, o instituto Revivendo com Cristo.
“Criei este lugar porque
percebi que meu trabalho estava incompleto. Uma vez, numa das situações mais
chocantes da minha vida, um traficante me chamou. Chorava e implorava que o
tirasse dali. Não pude ajudar, não tinha aonde levá-lo”, conta o pastor.
A reportagem ainda cita como
alguns dos ex-traficantes agora atuam com o pastor André nas missões de
evangelismo. “Jackson, um jovem de 23 anos, procurou Assis quando os seus
próprios companheiros o condenaram à morte depois do desaparecimento de uma
quantia significativa de dinheiro. Jackson, que fumou o seu primeiro baseado
aos oito anos e era um dos seguranças do chefe de sua favela, agora usa paletó,
leva uma Bíblia na mão e segue os passos do pastor, procurando evangelizar as
pessoas, tomando a si próprio como exemplo. Após fugir da sentença de morte,
Jackson vai se casar e formar uma família, embora ainda viva no centro de
recuperação onde Assis leva quem deseja segui-lo”.
A matéria ainda aborda o
crescimento da penetração do evangelho nas comunidades em relação a queda do
catolicismo, além de falar sobre intolerância religiosa e como muitos não
conseguem se desligar do tráfico, mesmo tendo sido criados na igreja. Fonte: Gospel Prime