Governo federal diz que
exame vai usar 67 mil detectores de metal. Aluguel de equipamentos extra vai
custar R$ 700 mil.
O Exame Nacional do Ensino
Médio (Enem) 2017 vai utilizar 67 mil detectores de metal, de acordo com o
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) .
Segundo o instituto, o número garante que será feita a vistoria dos
participantes na entrada e na saída de todos os banheiros dos locais de prova.
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O Inep afirma que o número é
proporcionalmente maior ao da edição passada, quando os detectores passaram a
ser usados em todos os banheiros e não mais de forma aleatória, como ocorreu em
2014 e 2015.
"Com a ampliação dos
detectores de metal e a estreia de duas novas tecnologias – os detectores de
ponto eletrônico e a prova personalizada – o Enem 2017 terá a estrutura de
segurança aprimorada em relação a 2016, fortalecendo a isonomia entre os
participantes", afirmou o Inep em nota.
Na conta do governo, o Enem
2017 terá um detector de metal para cada 100 participantes. Em 2016, a relação
era de 110 participantes por detector. O Enem 2017 teve 6.731.256 inscrições
confirmadas, 22% a menos que em 2016, quando foram 8.627.371 inscrições
confirmadas e 78 mil detectores adotados.
Locação dos equipamentos
O Inep chegou a entrar na
Justiça afirmando que era o dono dos detectores de metal usados pelo antigo
consórcio contratato para aplicar a prova. Entretanto, em nota nesta
terça-feira (10) o instituto anunciou ter fechado um acordo para alugar 35 mil
detectores junto ao Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de
Promoção de Eventos (Cebraspe).
"O consórcio aplicador
de 2017, formado pela Fundação Cesgranrio, Fundação para o Vestibular da Universidade
Estadual Paulista (Vunesp) e Fundação Getúlio Vargas (FGV) fornecerá 32 mil
detectores. O grupo tinha 29 mil aparelhos disponíveis e adquiriu mais três mil
recentemente", informou o Inep.
Segundo o Inep, cada
detector de metal será alugado por R$ 20, o que representará um custo total de
R$ 700 mil. O gasto com os alugueis não aumentará o custo final do Exame porque
o valor já estava previsto no orçamento da segurança. O consórcio aplicador,
com apoio do Exército Brasileiro, já iniciou a verificação dos aparelhos
alugados. O trabalho deve ser encerrado até sexta-feira.
Detectores de ponto
eletrônico
Além da ampliação no número
de detectores de metal, o Inep vai adotar, em caráter experimental, de
detectores de ponto eletrônico. O novo aparelho é um receptor avançado de
detecção de campo próximo, capaz de identificar a emissão de sinais em
radiofrequência de WiFi, Bluetooth, celulares e transmissões ilegais.
O Andre, da marca Rei,
fornecido pelo grupo Berkana, detecta transmissões de radiofrequência independentemente
de serem desconhecidas, ilegais, disruptivas ou de interferência. De acordo com
o Inep, a solução foi uma recomendação da Polícia Federal visando a
localização, de forma mais precisa e sem necessidade de busca pessoal, de
aparelhos de transmissão muito pequenos e que, eventualmente, possam ter
burlado a inspeção por meio dos detectores de metal. O uso do dispositivo é
inspirado na estratégia de segurança do "vestibular" chinês, o
Gaokao.
A prova personalizada, com
os Cadernos de Questões identificados com nome e número de inscrição do
participante, também inibe, significativamente, as tentativas de fraudes. Com o
novo recurso, o participante não tem a opção de “mentir” sobre a cor da sua
prova, uma vez que seu Cartão Resposta está vinculado ao Caderno de Questão
personalizado. Outras medidas consolidadas em outras edições serão mantidas,
caso da coleta do dado biométrico, lançada em 2016.
"O objetivo do Inep ao
ampliar os recursos de segurança é permitir que eles sejam cada vez mais
especializados no combate às tentativas de fraudes, garantindo a isonomia do
exame. A parceira com a Polícia Federal, e o trabalho de inteligência feito com
cruzamento de dados e investigação, resultou na anulação dos resultados de 13
participantes das edições de 2015 e 2016", informou o Inep em nota. Fonte: G1