DUAS COISAS QUE EU NÃO
ENTENDO
Das muitas coisas que eu não
entendo, falarei de duas que entendo muito menos.
Primeira: O atual vereador e
ex-presidente da AEB - Autarquia Educacional de Belo Jardim, Wilsinho, propôs
um projeto de lei para criação de um Fundo Patrimonial, este, com a finalidade
de arrecadar recursos financeiros para aquela instituição de ensino, muito bem.
Segunda: O atual vereador e
ex-secretário de Cultura, Nilton Senhorinho, propôs projeto de lei que reserva
30% (trinta por centos) dos recursos destinados às festas promovidas pelo
município para a contratação de músicos da cidade, ótimo.
Tudo seria muito bom e
bonito se não fosse no mínimo estranho, vejamos.
O vereador Wilsinho foi
presidente direito e indireto da AEB por anos, poucas pessoas conhecem as reais
condições financeiras daquela instituição como ele mesmo. Eu só não entendo,
então, por que o vereador não propôs esse mesmo projeto quando era presidente
da autarquia, e quando tinha um grupo político que comandava a câmara de
vereadores. É de se pensar que: ou aquela instituição gozava de plena saúde
financeira, ou, contábil/fiscalmente os sucessivos balanços negativos eram
“interessantes” administrativamente. Sigamos.
O vereador Nilton
Senhorinho, proponente do projeto de lei que reserva 30% para os músicos da
cidade nas festas da prefeitura, fui, por anos e anos, secretário de cultura
dessa cidade. Eu também não entendo por que ele próprio, quando era secretário,
não propôs o mesmo projeto, pois ele também era do grupo de maioria na câmara
de vereadores. Ou será que os músicos de hoje merecem mais que os de “ontem”?
Será que não são os mesmos músicos que foram esquecidos e humilhados pelo grupo
político do vereador, e esquecidos por ele próprio, quando secretário?
Taí, duas coisas que eu não
entendo. Mas, graças a Deus, os nobres vereadores acordaram, e agora querem
reparar os erros cometidos por seu grupo político, ...eu acho.
Texto: Dr. Evandro Mauro