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Porque eu não daria certo como prefeito, Dr. Evandro Mauro


Ontem fui à padaria, e lá, na fila do balcão, uma jovem senhora disse-me que acompanhava meus textos, meus vídeos e me fez a seguinte pergunta:

- “Por que o senhor não se candidata a prefeito nas próximas eleições?” Surpreso, sem tempo de digerir a pergunta respondi:

- Porque o povo não votaria em mim. E ela insistiu:

- “Por que não?” ...A mulher do balcão a chamou, ela escolheu seu pão e se foi sem ouvir minha resposta. Mas eu preciso responder, e já que ela acompanha meus textos, direi por aqui.

- Sabe porque as pessoas não votariam em mim ou eu teria pouquíssimos votos, “dona Maria?”:

Porque me manteria fiel ao povo; não faria acordos, conchavos, trocas políticas com finalidade diversa do interesse público; buscaria o diálogo com os representantes das comunidades, mesmo que fosse da oposição, - o que vale é o bem comum; elaboraria um plano de governo ouvindo o povo, suas necessidades, dificuldades; buscaria capacidade administrativa e honestidade nos contratados independentemente de partido; lançaria os nomes dos pretensos secretários com antecedência para que o povo pudesse avaliar cada nome, sua capacidade, competência, idoneidade e honestidade, os maus avaliados estariam fora; tiraria o poder de ordenar despesas dos secretários; participaria da comissão de licitação e seria membro do setor de compras; quereria uma chave do almoxarifado e da garagem da prefeitura; negociaria diretamente com fornecedores de produtos e serviços; nomearia um administrador, escolhido pela comunidade, para cada bairro da cidade para que a prefeitura pudesse estar sempre presente; prestaria contas uma vez por mês das receitas e despesas da prefeitura; contrataria somente profissionais da cidade para prestar serviço à população; estudaria o que são interesses particulares, familiares e públicos para saber separá-los; saia no “tapa” mas não deixava levar nossa água; corrigiria meus erros.

Não faria o jardim cultural, não é nossa cultura, somos da redenção; resgataria nossas bandas de música; ouviria os artistas local, os artesãos; continuaria indo na padaria, na mulher da tapioca, no pastel, na câmara de vereadores, na faculdade, onde o povo está.
É por isso “dona Maria,” que eu não seria eleito, ou, quase não teria votos, porque, em outras palavras, eu faria o que tem que ser feito.

Texto: Dr. Evandro Mauro