Uma petição virtual pedindo o impeachment o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, já tem quase um milhão de assinaturas em apoio à medida. A justificativa para o impedimento são as diversas decisões polêmicas do magistrado, como a de soltar réus na Operação Lava-Jato.
Até a manhã desta quarta-feira, o abaixo-assinado
contabiliza 786.410 adesões. Faltam 213.590 para chegar à meta de um milhão
estabelecida para entregar o pedido ao Senado.
Na justificativa para o impeachment estão os inúmeros
habeas corpus concedidos por Gilmar a poderosos, que demonstrariam que ele
julga casos com parcialidade.
O último caso mais polêmico envolvendo o ministro foi o
da soltura por duas vezes do réu e empresário Jacob Barata Filho, com quem
Gilmar Mendes tem relação pessoal. O magistrado foi padrinho de casamento da
filha de Barata e, mesmo assim, não se considerou impedido para julgar um
habeas corpus a favor dele.
Juristas querem impeachment
O impeachment de Gilmar Mendes já foi pedido ao Senado
Federal pelo ex-procurador-geral da República Cláudio Fonteles e pelo professor
de Direito da Universidade de Brasília (UnB) Marcelo Neves. Junto com outros
juristas, eles afirmam que há pelo menos três motivos para Gilmar perder o
cargo de ministro do STF.
Entre as razões está o fato de ele ter participado de
atividade político-partidária. Eles citam ainda o abuso de autoridade por parte
de Gilmar e o fato de ele atuar em casos nos quais deveria se declarar
impedido.
No pedido, os juristas citam a gravação de uma conversa
com o senador Aécio Neves (PSDB) na qual o tucano pedia que o magistrado
intercedesse junto a parlamentares a favor do projeto de abuso de autoridade.
Senado precisa analisar
Ao comentar os pedidos de impedimento, Gilmar chegou a
dizer que o momento era politizado.
O senado não deu andamento aos pedidos de impeachment
contra o ministro. A pressão popular é para que o assunto seja analisado. Fonte: Diário de Pernambuco