Brasil tem 207.660.929
habitantes, segundo estimativa Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) divulgada nesta quarta-feira (30) no Diário Oficial da União. A data de
referência para o levantamento é 1º de julho. Em 2016, a população do país era
estimada em pouco mais de 206 milhões habitantes. Neste período, 25% dos
municípios tiveram suas populações reduzidas.
(Correção: O G1 errou ao
informar que Belém (PA) e Rio Branco (AC) tiveram redução em suas populações.
Na verdade, ambas apresentaram crescimento, respectivamente de 0,43% e 1,69%.
Assim, ao contrário do informado, nenhuma das capitais brasileiras teve queda
no número de habitantes com base nas estimativas divulgadas pelo IBGE. A
informação foi corrigida às 11h58).
O crescimento de 2016 para
2017 foi de 0,77% (cerca de 1,6 milhão de pessoas a mais). De acordo com o
IBGE, a taxa de crescimento populacional vem desacelerando nos últimos anos. No
período de 2015 a 2016, a taxa de crescimento foi de 0,80%. A razão principal
da redução no ritmo de crescimento, segundo o instituto, é a queda na taxa de
fecundidade.
Segundo o IBGE, para 2017, a
projeção mostra que a taxa de fecundidade era de 1,67 filho por mulher, a taxa
bruta de mortalidade era de 6,15 mortes por mil habitantes e o saldo migratório
(pessoas que entraram menos as que saíram do país) foi de 8.304 pessoas.
Com base no levantamento, o
IBGE aponta que projeção demográfica daqui a 26 anos (entre 2042 e 2043) é de
que a população brasileira vai atingir seu limite máximo, estimado em 228,4
milhões. Em seguida, deverá decrescer.
Segundo o IBGE, pouco mais
da metade da população brasileira (56,5% ou 117,2 milhões de habitantes) vive
em apenas 5,6% dos municípios, que são aqueles com mais de 100 mil habitantes.
São Paulo permanece como o
estado mais populoso, com 45.094.866 habitantes, seguido de Minas Gerais, com
21.119.536, e Rio de Janeiro, com 16.718.956. O estado com a menor população é
Roraima, que tem 522.636 habitantes.
Dentre os 5.570 municípios
brasileiros, apenas 17 têm população superior a 1 milhão de pessoas, somando
45,5 milhões de habitantes ou 21,9% da população do Brasil. São Paulo continua
sendo o mais populoso do país, com 12,1 milhões de habitantes, seguido pelo Rio
de Janeiro, com 6,5 milhões de habitantes, Brasília e Salvador, com cerca de 3
milhões de habitantes cada.
Se desconsideradas as
capitais, os dez municípios mais populosos do país são Guarulhos (SP), Campinas
(SP), São Gonçalo (RJ), Duque de Caxias (RJ), São Bernardo do Campo (SP), Nova
Iguaçu (RJ), Santo André (SP), São José dos Campos (SP) Osasco (SP), e Jaboatão
dos Guararapes (PE).
Serra da Saudade, em Minas
Gerais, é o município brasileiro com a menor população - apenas 812 habitantes.
O segundo menor município em termo populacional é Borá, em São Paulo, com 839
habitantes. Araguainha, no Mato Grosso, com 931 habitantes, completa os três
municípios do país que têm menos de mil habitantes.
População diminuiu em 1
entre cada 4 municípios
O IBGE destacou que quase ¼
(25%) dos municípios tiveram suas populações reduzidas entre 2016 e 2017. Esta
tendência ocorreu, principalmente, no grupo de municípios com até 20 mil
habitantes (32,5% ou 1.236 municípios).
“ Há uma tendência de
deslocamento das pessoas que moram em pequenos municípios para cidades maiores
em busca de melhores condições de vida e melhor acesso à educação e ao
emprego”, explicou a pesquisadora da Coordenação de População e Indicadores
Sociais do IBGE, Izabel Marri.
Os quatro municípios que
apresentaram a maior redução da população entre 2016 e 2017 foram Caatiba
(-21,93%), na Bahia, Altamira do Maranhão (-20,96%) e Brejo da Areia (-16,74%),
ambos no Maranhão, e Itanagra (-16,27%), também na Bahia.
Estes quatro municípios, no
entanto, sofreram alteração de limites com municípios vizinhos. O IBGE destacou
que "os remanejamentos populacionais, devido a alteração de limites
territoriais entre municípios, podem afetar sobremaneira a taxa de crescimento
populacional entre dois anos".
O município de Severiano
Melo, no Rio Grande do Norte, foi o único com redução da população em mais de
10% (-10,44%) sem que tenha sofrido alteração nos seus limites com outros
municípios.
O levantamento mostrou
também que em mais da metade dos municípios as taxas de crescimento
populacional foram inferiores a 1%. Em apenas 258 municípios (4,6% do total) o
aumento foi igual ou superior a 2%.
O IBGE destacou ainda que os
municípios com população entre 100 mil e 1 milhão de habitantes tiveram a maior
proporção de municípios com crescimento acima de 1%. Dez dos 17 municípios com
mais de 1 milhão de habitantes tiveram taxas de crescimento entre 0,5% e 1% ao
ano.
O levantamento apontou que a
diminuição de habitantes ocorre com mais frequência na região Sul, enquanto no
Norte e o Centro-Oeste estão as maiores proporções de municípios com taxas de
crescimento acima de 1%.
Capitais
Segundo o IBGE, o conjunto
das 27 capitais totaliza 49,4 milhões de habitantes, representando 23,8% da
população do país. A maior taxa de crescimento geométrico entre as capitais, no
período 2016-2017, foi a de Palmas (2,48%) e a menor, a de Porto Alegre,
(0,26%).
Metodologia
De acordo com o IBGE, a
população de cada município brasileiro foi estimada por meio de um procedimento
matemático. Tais estimativas são o resultado da distribuição das populações dos
estados, projetadas por métodos demográficos, entre seus diversos munícipios.
O método de cálculo
baseia-se na projeção da população estadual e na tendência de crescimento dos
municípios, delineada pelas populações municipais captadas nos dois últimos
Censos Demográficos (2000 e 2010). As estimativas municipais também incorporam
alterações de limites territoriais municipais ocorridas após 2010.
As estimativas populacionais
municipais são um dos parâmetros utilizados pelo Tribunal de Contas da União no
cálculo do Fundo de Participação de Estados e Municípios e são referência para
vários indicadores sociais, econômicos e demográficos. A divulgação anual
obedece ao artigo 102 da Lei nº 8.443/1992 e à Lei complementar nº 143/2013. Fonte: G1