A Secretaria de Ação e
Desenvolvimento Social protocolou, nessa terça-feira (18), a entrega do
ofício-resposta à Procuradora da República Natália Lourenço Soares, que
investiga os casos de irregularidades no Bolsa Família de Belo Jardim.
A recomendação federal foi
descoberta assim que a nova gestão tomou posse e imediatamente passou a ser
cumprida. Ao todo, mais de 1.300 nomes estavam recebendo o auxílio sem se
encaixar no perfil do programa. Entre eles, empresários e supostas pessoas já
falecidas. O rombo nos cofres públicos passa de um milhão de reais, somente na
lista que contém os CNPJs.
Para se ter uma ideia, 266
empresários faziam parte do esquema. A.C.S. recebeu um acumulado de R$ 28.836.
Já M.E.S.O. chegou a embolsar R$ 15.260. Enquanto isso, a população que
realmente precisava, estava na fila de espera para receber o Bolsa Família.
De acordo com o prefeito
Gilvandro Estrela, essa farra acabou. “É inadmissível que pessoas que não
precisam tomem o lugar de outras que realmente se enquadram no auxílio”, disse.
Já a secretária Rosemere
Guimarães, acredita que a entrega do ofício ao órgão responsável pela
investigação demostra o compromisso da gestão com a transparência.
Segundo o Diretor de
Programas Sociais, Ricardo Nunes, a exclusão das pessoas irregularidades abriu
vagas para famílias que esperavam pela inclusão no Bolsa Família há anos.
“Conseguimos pôr fim a todas as irregularidades. Temos respeito pelo dinheiro
da população e por aqueles que mais precisam. Nosso trabalho é sério”,
ressaltou o diretor, no ato da entrega do ofício à Procuradoria da República.