O
jornal O Globo divulgou uma reportagem que aborda reuniões de evangélicos
inusitadas na cidade do Rio de Janeiro. Entre elas, está a Igreja United da
Tijuca, pastoreada por um californiano de 29 anos, que prega em inglês e é
traduzido pela esposa.
A
United existe há cerca de três anos, quando o casal, filhos de pastores,
chegaram ao Brasil com a intenção de fazer missões. As reuniões se dão num
salão escuro. Os frequentadores são geralmente jovens, que não abrem mão de se
vestirem e se expressarem visualmente da forma que acharem mais confortável.
Apesar
das roupas rasgadas, das tatuagens e da linguagem jovem, alguns costumes e
crenças não se diferenciam da maior parte das igrejas evangélicas, como a não
aceitação de sexo antes do casamento e da prática homossexual ser considerada
pecaminosa.
Malu
Gama, 19, estudante de graduação e frequentadora do local, diz ter conhecido a
igreja por meio do Instagram e hoje é voluntária nas mídias sociais da
instituição. Anteriormente, era frequentadora da Igreja Batista.
O
músico Igor Montijo, da mesma forma, saiu de outra igreja para a United. “Eu
queria uma igreja que não impusesse tradições. Uma pessoa de bermuda ou tatuada
no rosto não vai ser mal vista aqui. Nas igrejas conservadoras, todo mundo tem
que estar num padrão”, disse.
Outro
caso, divulgado pelo Globo, foi da Igreja no Cinema (INC). Funciona todos os
domingos, em uma sala de cinema alugada no Recreio Shopping, e funciona de
forma bastante diferente dos cultos da maioria dos templos evangélicos.
O
pastor Vinicio Silva afirmou que a INC não pretende construir templos. Os
dízimos e ofertas financiam os aluguéis das salas de cinema, o líder não tem
salário, e o que sobra é aplicado para ajudar membros que estejam com
dificuldades.
“Há
um incômodo com as igrejas convencionais, que batem nas pessoas, que falam o
tempo todo em pecado, em inferno. Nunca vi uma pessoa entrar em disciplina e
voltar depois melhor. Isso só gera mais feridas na alma. Não impomos um
checklist de vida”, disse o pastor.Fonte: Gospel Prime