O presidente Michel Temer
desembarcou, na madrugada de hoje, em Hamburgo, na Alemanha, para participar do
encontro de cúpula do G20 (o grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo).
Antes de entrar no hotel em que está hospedado na cidade alemã, Temer disse a
jornalistas, ao ser questionado sobre a posição do Brasil no G20 em meio a
intempéries políticas e econômicas, que não há crise econômica no país.
"Você sabe que crise
econômica e política [...] crise econômica no Brasil não existe. Vocês têm
visto os últimos dados", afirmou o presidente brasileiro aos repórteres.
Surpreendido com a resposta,
um jornalista interrompeu Temer e questionou: "Não existe crise econômica,
presidente?"
"Não, pode levantar os
dados e você verá que nós estamos crescendo empregos, estamos crescendo
indústria, estamos crescendo agronegócio. Lá não existe crise econômica",
emendou o peemedebista, encerrando subitamente a entrevista e se dirigindo para
a área interna do hotel.
No mês passado, o Ministério
do Trabalho anunciou que, em maio, a abertura de vagas formais de emprego
superou as demissões em 34,2 mil postos. Foi o segundo mês seguido em que houve
criação de postos de trabalho com carteira assinada no país.
No entanto, de acordo com
dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil ainda
tem 13,8 milhões de desempregados.
O desemprego ficou em 13,3%
no trimestre encerrado em maio, informou no mês passado o IBGE. Os dados foram
obtidos por meio da pesquisa Pnad Contínua.
Além disso, embora Temer
tenha aprovado no ano passado uma emenda constitucional para limitar os gastos da
União, a dívida pública federal, que inclui os endividamentos do governo dentro
do Brasil e no exterior, avançou 0,26% em maio, para R$ 3,25 trilhões, apontam
dados da Secretaria do Tesouro Nacional.
Para este ano, a expectativa
do Tesouro Nacional é de novo aumento na dívida pública. A programação da
instituição prevê que ela pode chegar aos R$ 3,65 trilhões no fim de 2017.
Se isso se confirmar, a alta
da dívida, neste ano, será de R$ 538 bilhões, aumento 17,28% em relação ao
fechamento de 2016. Fonte:G1