SAIA, JOÃO, É A ORDEM.
O que a “justiça” dá a JUSTIÇA tira. Não há mal que dure
eternamente e os desmandos do ex-prefeito João Mendonça durou o tempo que deveria
durar. O aprendizado é maior pelo sofrimento, e muitos aqui sofrem pelos erros
de poucos. Vai-se da vida política de nossa cidade um homem que sonhou ser o
maior líder político da história dessa terra, sai expulso pela justiça, se vai
pelas portas dos fundos. Saia, João, é a ordem da justiça e o desejo de muitos.
O prefeito João Mendonça
perdeu a batalha mais importante de sua vida. Mesmo tendo em seu nome dezenas
de processos, nos mais diferentes ramos dos delitos, o que mais causa repúdio
ao povo para com ele é o desserviço prestado à cidade. Não tem mais, em seu
íntimo, esperanças de sobreviver, politicamente, a uma doença para a qual não
existe cura conhecida: a destruição de sua força moral política. Trata-se do
conjunto de atributos que realmente separa os homens, em matéria de fracasso e
sucesso, e, ao qual costuma dar-se o nome genérico de MORAL.
Sabe-se, desde sempre, o que
entra nesse conjunto: entram aí o valor da palavra dada, mesmo que em campanha,
a reputação, o respeito aos outros e a si próprio, a capacidade de transmitir
confiança. É a força que faz uma pessoa falar e ser naturalmente acreditada. É
a coragem para assumir responsabilidades, enfrentar momentos adversos, não
abandonar, nem trair seus amigos. É o exercício da honestidade e da
integridade.
Em resumo, é o que na
linguagem do dia a dia se diz “vergonha na cara”, ou honra pessoal. Muito mais
que fama ou riqueza, é o que realmente faz a diferença. Isso fará toda a
diferença para João Mendonça de agora em diante.
Hoje, sua batalha está
perdida porque ele perdeu o bem mais precioso que poderia ter – a força moral
decisiva para se tornar, ou continuar sendo, alguém que valha a pena como
pessoa política.
É de longe aquele homem da
“lapadinha” com os amigos, do “xerém com galinha”. O mesmo homem que
desdenhava/desdenha de seus adversários vê-se recolhido, pensativo. Viveu de
recurso em recurso, como se isso lhe devolvesse a moral política perdida por
ele próprio, pior que sabe que não devolve nem restaura.
Saia, João, é uma ordem. O
“dá-lhe, João”, foi trocado por: saia, João, saia de novo João.
Dr. Evandro Mauro